S O L A N G E A G U I R R E
Califórnia, EUA.
— Ele disse que te ama?
— E você apenas fodeu com ele? — minha irmã pergunta chocada.
— Vocês queriam que eu falasse o que?
— Que você o ama também?! — Emma indaga como se fosse óbvio e eu nego com a cabeça.
— Eu não amo o Matthew e vocês sabem disso. — me jogo na cama.
— Então por que você se arriscou tanto por causa dele? — Candace me encara confusa.
— Eu não me arrisquei por causa dele Cand, eu me arrisco por mim, papai não me puniu porque eu me encontrava com o Matthew, ele me puniu porque eu faço o que bem entendo e tudo o que eu gosto, o que pra ele é um cúmulo. — reviro os olhos.
— Tudo isso é por causa daquele conceito de que "o amor não existe e ele não é para mim"? — minha amiga imita minha voz e eu jogo o meu travesseiro nela.
— Espera ela chegar no Brasil, aposto que esse conceito dela muda rapidinho. — gargalha.
— Se eu não me apaixonei pelo Matthew que é um gostoso, quem dirá pelos carinhas que tem no Brasil?
— Não cospe pro alto, que uma hora cai na testa amiga. — Emma alerta e eu faço uma careta.
— Vocês são duas chatas. — mostro a língua para elas, que riem.
— Ainda não acredito que você vai embora amanhã. — suspira triste.
— Eu não quero que você vá. — minha irmã suspira triste.
— Por favor meninas, vamos deixar para chorar amanhã no aeroporto. — peço, tentando segurar o choro. — Então vamos aproveitar essa última noite da melhor forma.
— E qual seria a melhor forma?
— Noite das meninas né Emma. — Candace indaga como se fosse óbvio.
— Quero chegar causando no Leblon.
— Leblon? — Emma franze o cenho me fazendo rir.
— Um bairro famoso e muito chique do Rio de Janeiro, minha tia mora lá. — dou de ombros.
Depois de uma noite inteira fazendo hidratações faciais e de cabelo, comendo horrores enquanto chorávamos vendo algum filme clichê, pegamos no sono, afinal eu partiria amanhã bem cedo para o Brasil.
(...)
Despedias nunca foram o meu forte, me fazem chorar e eu sou do tipo de pessoa que odeia demonstrar fraqueza, minha mãe mesmo decepcionada comigo veio até o aeroporto se despedir de mim diferente do meu pai, que nem fez questão de ao menos acordar para me dar um simples "tchau".
Não demorou muito para que o meu voo fosse anunciado, me despeço em meio a lágrimas e abraços apertados, giro os pés indo para a sala de embarque com o coração apertado por deixar toda a minha vida para trás.
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Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...