Capítulo 2

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S O L A N G E A G U I R R E

Califórnia, EUA.

— Ele disse que te ama?

— E você apenas fodeu com ele? — minha irmã pergunta chocada.

— Vocês queriam que eu falasse o que?

— Que você o ama também?! — Emma indaga como se fosse óbvio e eu nego com a cabeça.

— Eu não amo o Matthew e vocês sabem disso. — me jogo na cama.

— Então por que você se arriscou tanto por causa dele? — Candace me encara confusa.

— Eu não me arrisquei por causa dele Cand, eu me arrisco por mim, papai não me puniu porque eu me encontrava com o Matthew, ele me puniu porque eu faço o que bem entendo e tudo o que eu gosto, o que pra ele é um cúmulo. — reviro os olhos.

— Tudo isso é por causa daquele conceito de que "o amor não existe e ele não é para mim"? — minha amiga imita minha voz e eu jogo o meu travesseiro nela.

— Espera ela chegar no Brasil, aposto que esse conceito dela muda rapidinho. — gargalha.

— Se eu não me apaixonei pelo Matthew que é um gostoso, quem dirá pelos carinhas que tem no Brasil?

— Não cospe pro alto, que uma hora cai na testa amiga. — Emma alerta e eu faço uma careta.

— Vocês são duas chatas. — mostro a língua para elas, que riem.

— Ainda não acredito que você vai embora amanhã. — suspira triste.

— Eu não quero que você vá. — minha irmã suspira triste.

— Por favor meninas, vamos deixar para chorar amanhã no aeroporto. — peço, tentando segurar o choro. — Então vamos aproveitar essa última noite da melhor forma.

— E qual seria a melhor forma?

— Noite das meninas né Emma. — Candace indaga como se fosse óbvio.

— Quero chegar causando no Leblon.

— Leblon? — Emma franze o cenho me fazendo rir.

— Um bairro famoso e muito chique do Rio de Janeiro, minha tia mora lá. — dou de ombros.

Depois de uma noite inteira fazendo hidratações faciais e de cabelo, comendo horrores enquanto chorávamos vendo algum filme clichê, pegamos no sono, afinal eu partiria amanhã bem cedo para o Brasil.

(...)

Despedias nunca foram o meu forte, me fazem chorar e eu sou do tipo de pessoa que odeia demonstrar fraqueza, minha mãe mesmo decepcionada comigo veio até o aeroporto se despedir de mim diferente do meu pai, que nem fez questão de ao menos acordar para me dar um simples "tchau".

Não demorou muito para que o meu voo fosse anunciado, me despeço em meio a lágrimas e abraços apertados, giro os pés indo para a sala de embarque com o coração apertado por deixar toda a minha vida para trás.

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