Capítulo 22

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S O L A N G E  A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Bora no baile? — nego. — Por que não? — cruza os braços.

— Não é da sua conta.

— Qual é loira, bora pro baile junto comigo. — um arrepio nasce na minha espinha toda vez que ouço ele me chamar de loira.

— Pra todo mundo acreditar mesmo que sou sua puta particular? — arqueio a sobrancelha.

— Ninguém mais lembra disso. — revira os olhos. — Vai se arruma aí, a Yas vai surtar comigo se eu não te arrastar pro baile.

— E cadê a Yas?

— Tá sé arrumando, eu acho. — da de ombros e entra no quarto se jogando na minha cama, folgado do caralho.

— Tu é muito folgado né Russo? — nego com a cabeça, caminho até cômoda e pego uma calcinha na gaveta. — Vou tomar um banho, quando eu voltar quero você fora daqui.

— Não vou ver nada do que eu não tinha visto antes. — sorri malicioso e eu dou o dedo pra ele.

— Tá avisado. — digo caminhando até o banheiro.

Ligo o chuveiro na água morna, aqui faz um calor do caralho até a noite, tomo um banho rápido sem lavar os cabelos, já que havia lavado eles ontem. Me seco e coloco minha calcinha de renda preta, me enrolo na toalha e saio do banheiro, dando de cara com o Russo ainda deitado na minha cama.

— Eu falei que era pra você sair Russo. — caminho até o guarda roupa e abro a porta do mesmo, encarando minhas roupas que estavam ali.

— Eu já vi tudo Sol, então para de marra e se troca logo. — diz sem olhar para mim.

— Espero que saiba controlar.

— Controlar o que.. — ele para de falar assim que eu solto minha toalha ficando apenas de calcinha.

É incrível como eu não me sinto incomodada ou envergonhada por estar praticamente nua na sua frente. Giro os pés e vou em direção a minha cômoda, sendo seguida pelo olhar de Rafael, pego um cropped preto e coloco o mesmo, reviro minha gaveta de shorts até achar um do meu agrado, pego meu perfume sobre a cômoda e passo pelo corpo todo, sair de cara lavada até que vai, agora sair sem estar cheirosa nunca.

— Cacete. — murmura um palavrão baixo e volta sua atenção para o celular.

Pego uma meia na gaveta e meu tênis que estava no chão, me sento ao lado de Russo e começo a por os sapatos nos pés.

— Não vai passar quelas bagaça na cara não? — pergunta quando solto o meu cabelo.

— To com preguiça. — dou de ombros. — To pronta, vamos. — me levanto da cama e ele faz o mesmo.

— Yas já foi, então nós vamos de moto. — assinto.

Saímos da casa e Russo me entrega um capacete, coloco o mesmo e subo na garupa de sua moto agarrando seu corpo com força.

— Se você empinar, eu juro, que te mato. — ouço sua gargalha e o mesmo acelera a moto para o local do baile.

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