Capítulo 119

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Y A S M I N G A R C I A

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

— Se acalma Yas. — a encaro.

— Estou prestes a descobrir que serei mãe, não tem como eu ficar calma Emma. — engulo em seco.

Já estava impaciente esperando para ser chamada, com vontade de chorar se der positivo, não é que eu não queira ser mãe, eu quero e muito, só que agora não é o momento sabe? Não estou preparada, sem contar que terei que trancar a faculdade por causa da gestação, é muita coisa pra assimilar e isso me deixa extremamente ansiosa.

— Yasmin Garcia. — me levanto e caminho até a enfermeira. — Sou Alice, tia da Solange. — sorri simpática. — Vamos lá? — assinto e chamo a Emma com a mão, que vem rapidamente até nós.

Seguimos a enfermeira até uma sala.

— Yasmin, essa é a doutora Amanda, ela assume daqui agora. — assinto e a observo sair da sala.

— Você tem quantos anos Yasmin?

— Vinte.

— Sua menstruação está atrasada?

— Só esse mês.

— Desde quando vem se sentindo enjoada?

— Tem umas duas semanas, será que podemos fazer um exame logo para saber se estou grávida? — peço nervosa e a Doutora ri.

— Certo, vou colher seu sangue ok? O resultado fica pronto em meia hora, caso der positivo, iremos fazer um ultrassom pra saber como o feto está.

— Tudo bem. — suspiro.

(...)

— Pinguim já chegou para nos buscar. — Emma diz se levantando do banco e eu faço o mesmo.

Estou grávida, de três meses.

Não sei como Titto irá reagir a isso, ele estão tão cheio pelo fato do meu irmão estar pegando no seu pé.. Meu irmão, outro que com certeza vai surtar quando souber.

— Tá buxudinha né? — pergunta assim que eu entro no banco do carona.

— Sim. — respondo curta, deitando minha cabeça sobre o banco do carro.

O caminho até o morro foi completamente silencioso, Pinguim que sempre tira uma com a cara de todos, não zombou de mim em momento algum.

Estou segurando o choro desde que eu ouvi um "Parabéns mamãe", chegamos na  Cidade de Deus em meia hora, agradeci pela carona e sai do carro às pressas entrando na casa do Felippe.

E então eu desabei, cai em um choro infinito. Estou feliz, mas ao mesmo tempo estou desesperada. Minha vida não está estável. Não tenho um emprego. A relação entre o Titto e o meu irmão está completamente conturbada.

— Emma me mandou uma mensagem dizendo que.. ei, por que está chorando?

— Estou grávida. — digo e abaixo a cabeça enquanto as lágrimas insistiam em cair.

Felippe se aproxima de mim e ergue meu rosto com as mãos, me fazendo o encarar, o mesmo tinha um sorriso nos lábios o que de alguma forma me confortou.

— Eu disse que vamos dar um jeito, não disse? — assinto. — Então para de chorar pô, tu tá carregando nosso bebê aí. — sua mão toca a minha barriga e um sorriso escapa de meus lábios.

— Eu te amo. — falo antes de grudar nossos lábios.

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