Capítulo 97

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S O L A N G E A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Solange. — ouço uma voz distante e conhecida, mas não conseguia abrir os olhos. — Solange porra, acorda loira. — me chacoalha com força e eu abro o olhos assustada.

Suspiro aliviada, vendo que não se passava de um pesadelo.

— Tu tava gritando, o que aconteceu? — senta ao meu lado.

— Sonhei que estava sendo sequestrada. — ele arregala os olhos. — O que foi?

— Nada. — sorri fraco. — Não vou deixar ninguém encostar um dedo em tu, demoro? — acaricia meu rosto.

— Eu acho que eu te.. — hesito e ele me encara atento. — To com fome.

Ai sua idiota, por que não disse que ama ele? — meu subconsciente fala.

— Bora lá comer, preparei um café pra gente.

— Meu namorado é um fofo. — aperto suas bochechas.

— Namorado é? — sorri.

— É ué, não teve pedido, mas a gente namora. — ele gargalha. — Agora vem cá me dar um bom dia direito. — sorrio e o puxo para mim.

Selo nossos lábios em um beijo calmo, mordo seu lábio inferior e o mesmo sorri durante o beijo.

— Bora, que eu to com fome também. — da um tapinha de leve na minha coxa.

— Vou usar o banheiro, pode ir descendo. — ele assente e eu grudo nossos lábios dando mais um beijo rápido nele.

Observo esse macho gostoso sair pela porta e crio coragem para sair da cama e ir direto para o banheiro fazer minhas higienes matinais. Me recordo do pesadelo e sinto meu coração apertar, parecia tudo tão real até mesmo como se fosse algum tipo de aviso. Não vou negar, isso me assusta.

— Relaxa Solange, foi apenas um pesadelo. — suspiro me encarando no espelho, lavo minhas mãos e seco elas na toalha.

Saio da suíte e desço as escadas enquanto faço um coque no meu cabelo, entro na cozinha vendo Rafael colocando café em duas xícaras.

— Pra um bandido até que tu é bem prendado em. — tiro uma com a cara dele.

— Sou bandido, não aleijado. — retruca e eu reviro os olhos. — Ih, revira esses olhos quando eu te fizer gozar. — sorri malicioso.

— Você é um safado, Rafael. — me sento na cadeira pegando a xícara de café.

— Vou ficar na boca o dia inteiro hoje.

— De novo? — dou um gole no meu café, e pego um pedaço de pão.

— Ih loira, só b.o pra resolver, ainda tenho que reunir os cara pra ver quem deixou aquele babaca entrar no morro ontem.

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