S O L A N G E A G U I R R E
Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
Termino de me secar com a toalha e me enrolo na mesma, saindo do banheiro e dando de cara com o Russo deitado na minha cama pensativo.
— Vaza. — ele me encara.
— A gente pode conversar?
— Tenho que me arrumar pra sair com o Thiago, então não. — ele bufa, mas ainda permanece deitado em minha cama. — Será que você por gentileza, pode sair do meu quarto? — debocho e ele levanta.
Caminho até a minha cômoda achando que Russo estava fazendo o que eu pedi, mas sou supreendida com o toque de sua mão na minha cintura.
— Qual é loira, vai mesmo sair com aquele velho? — sussurra em meu ouvido e eu mordo os lábios com força, não posso cair na tentação.
— Velho que fode bem. — falo depois de alguns segundos, pego uma calcinha na gaveta e tiro minha toalha.
— Puta que me pariu. — murmura e eu sorrio de lado colocando a minha calcinha de renda preta.
— Vou ter que pedir de novo? — me viro de frente para ele e seu olhar cai sobre os meus seios expostos. — Perdeu. — pisco e caminho até o meu guarda roupa.
Pego uma calça e coloco a mesma, decido por uma blusinha de manga longa já que hoje está mais friozinho do que os outros dias.
— Solange. — reviro os olhos e o encaro de braços cruzados. — Toma cuidado, demoro? E avisa a hora que chegar vai ter um menor te esperando pra te acompanhar até em casa. — assinto e ele sai do meu quarto com a cara fechada.
(...)
— Oi. — sorrio gentilmente entrando no carro do Thiago.
— Eai, linda. — sorri. — Podemos ir? — assinto e ele da partida no carro.
— Desculpa por não poder subir. — falo tímida. — São regras do morro.
— Não gosta de morar aí? — me olha de relance.
— Não é isso, é que desde que teve uma invasão repentina a segurança só aumentou, principalmente em mim. — reviro os olhos.
— Por que em você? — pergunta interessado.
— Podemos não tocar nesse assunto? — sorrio fraco e o vejo assentir.
Evito ao máximo falar do que rolou naquela invasão, eu matei um dos melhores amigos e braço direito do dono do morro rival, acho que é por isso que a minha segurança também aumentou, espero nunca me encontrar com esse tal de Tucano.
Em uns vinte minutos já estávamos em frente a casa da dona Elda, descemos do carro e eu segui Thiago para a entrada da casa.
— O mãe. — fala um tanto alto.
— Aqui na cozinha filho. — seguimos até a cozinha e o cheirinho da comida da dona Elda fez minha boca salivar.
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Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...