R A F A E L G A R C I A
Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
2 semanas depois.Natascha entra pela porta da boca com um sorriso nos lábios.
— Tá com esse sorrisinho porque? — arqueio a sobrancelha.
— Por causa disso. — balança o pacotinho cheio pó.
Abro um sorriso na hora e a mesma vem até mim, jogando o pacotinho encima da minha mesa.
— Se descobrirem que está me dando isso..
— Só vão descobrir se você contar. — pisca e eu nego com a cabeça.
To afastado do comando, pelo fato de que na segunda semana que a loira ainda estava em coma eu comecei a me drogar.
— Já pode ir agora.
— Quero transar.
— Tem várias pirocas espalhadas pelo morro, caça uma e senta. — falo, enquanto fazia uma carreirinha encima da mesa.
— A que eu quero está bem aqui. — rio.
— Some Natascha. — pego uma nota qualquer e cheiro a carreira de pó.
Não demora muito para eu ficar eufórico e super confiante de que ainda há uma chance da Solange sair dessa, o que eu não sinto sem o efeito da cocaína.
Natascha me encarava atentamente e eu podia ver uma pequena esperança surgir em seu rosto, ela tá doida pra foder comigo e eu posso estar morrendo de vontade de foder, mas eu não vou trair a Solange, não mesmo.
A porta é aberta bruscamente fazendo a Natascha saltar de susto, olho para a porta e vejo meu pai com uma expressão nada boa, logo atrás dele estava o LP.
— Some daqui Natascha. — meu pai grita e a vadia some dali rapidinho. — Tu tem merda na cabeça caralho? — fico em silêncio. — Tu tá perdendo a razão Russo. — suspira cansado. — Ela não vai gostar de saber das merda que você fez enquanto ela estava "dormindo". — reviro os olhos.
— Pelo jeito ela vai continuar "dormindo". — falo seco. — Não era isso que vocês queriam? Que eu voltasse para o morro e minhas responsabilidades?
— Se drogar não é uma responsabilidade, tu vai foder sua vida. — Luís fala me encarando.
— A vida é de quem mesmo?
— Já chega, Solange teve duas paradas cardíacas hoje. — gargalho sabendo que era tudo k.o.
Fecho a cara na hora vendo que o meu pai ainda continuava sério e me encarando.
— Isso é mentira. — falo nervoso.
— Não é, ela quase morreu. — meu pai fala e eu engulo em seco. — Pedimos para você voltar para as suas obrigações sim, mas desde então tu não pisou os pés mais naquele hospital e começou a se drogar, mesmo a gente te afastando do comando e pedindo pra tu parar com essa merda, o que tu fez? Foi pedir socorro pra vadia da Natascha, enquanto a tua mulher estava tendo uma parada cardíaca, será que ela vai precisar morrer pra tu cair na real?
— Não viaja..
— Tu que tá viajando, se liga. Os médicos dizem que depende dela, ela é a única responsável para acordar, os aparelhos vão ser desligados amanhã. Te aconselho a visitá-la, porque estou quase achando que ela vai desistir de viver.
Observo meu pai e LP saírem da boca, me deixando sem reação.
Ela não pode desistir, não pode. Eu preciso dela, viva e ao meu lado.
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Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...