Sublime Amor [M] ✓

Capítulo 105

S O L A N G E  A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Início de chamada de vídeo.
— Aí meu Deus, que coisa mais fofa. — Candace fala encantada.
— Linda não é? — sorrio ao olhar para a bolinha que estava em meu colo.
— Já deu nome?
— Pipoca. — minha irmã gargalha. — Tá rindo por que?
— Você vai dar o nome para a cachorra de Pipoca? — assinto e ela gargalha novamente. — Você é péssima em dar nomes para animais Solange.
— Eu gosto de Pipoca. — a bolotinha de pelo solta um latido fino. — E ela também.
— Você é péssima. — nega com a cabeça.
— E como andam as coisas aí? — minha irmã suspira.
— Na mesma Sol, papai e mamãe nem estão se falando. Olha, eu não tenho certeza mas.. — ela hesita.
— Fala logo Candace! — coloco a pipoca no chão, que sai andando pra fora do meu quarto.
— Papai está planejando para ir ao Brasil daqui doze dias. — arregalo os olhos. — Ele disse que iríamos a negócio, mas sei que isso também é uma brecha pra tentar te trazer de volta.
— Espero que ele saiba que eu não irei voltar.
— Mamãe vai junto. — engulo em seco.
— Até parece que a mamãe colocaria os pés aqui.
— E não vai, vamos passar uns dias na casa da tia Alice, quem vai ir falar com você será o papai, e bom eu vou junto. — sorri. — Vai que eu encontro o amor da minha vida ai também. — gargalho.
— Falando em tia Alice, nem tive tempo de ir visitar ela e a Luanna.
— Fiquei sabendo que o Eduardo traiu ela.
— Sério? — minha irmã assente. — Que babaca.
— SOLANGE VEM PEGAR ESSA CACHORRA, ELA MIJOU TUDO NO MEU FUZIL TIO.
— Como é ser mulher de bandido?
— Estressante, mas tem seu lado bom. — sorrio. — Vou desligar, ou aquele lá surta com a coitadinha da Pipoca. — minha irmã ri acenando com a mão.
Fim de chamada de vídeo.

Deixo o celular sobre a cama e desço as escadas, gargalho ao ver Russo brigando com a cachorra.

— Sabe que ela não entende o que diz né? — me aproximo dele pegando a Pipoca no colo.

— To me arrependendo já, ela mijou no meu fuzil mano. Tu vai limpar. — me encara de braços cruzados e eu faço uma careta.

— Eu nada, já falei várias vezes pra você parar com essa mania de deixar fuzil jogado pela casa. Tu que se vira baby. — pisco.

— Toda cheia de marra você né?

— Você gosta da marrenta aqui né? — ele sorri. — Vai lá comprar um açaí pra mim.

— Não.

— Não estou pedindo Rafael, estou mandando.

— Mas tu é folgada em mulher. — bufa saindo pela porta.

— Tá vendo filha? — encaro a Pipoca. — É assim que se manda em um macho.

Ouço o celular do Russo apitar, indicando que tinha mensagens novas, procuro o mesmo pela sala e eu sinto meu corpo queimar de raiva ao ler a mensagem da Natascha no WhatsApp que dizia:

"Oi gatinho, quando vamos repetir o que fizemos ontem?"