Capítulo 85

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R A F A E L  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Tá bolado aí porque? — LP pergunta chegando junto com Emma.

— Advinha? — dou uma tragada no baseado.

— Solange né? — assinto. — Eu imaginei. — Emma suspira.

— Ela falou conti..

— Que porra tu disse pra ela Rafael? — chega puta com o Titto atrás dela tentando a acalmar.

— Abaixa o tom de voz aí filha. — falo calmo e ela revira os olhos.

— Fala logo o que tu fez pra ela sair chorando do baile. — arqueio a sobrancelha.

— Ela saiu chorando é?

— Sim, alguma merda tu fez né, porque..

— Coé Yasmin, fala merda antes de saber da história toda não filha. Eu só mandei a real pra ela. — dou de ombros.

— Que real Russo? — cruza os braços.

— Que eu gosto dela? — indago como se fosse óbvio. — Falei os caralho a quatro de que se ela fosse fechar comigo, eu iria fechar com ela, sabe o que ela fez? — minha irmã nega. — Nada tio, ela não disse nada, ficou lá calada me encarando com cara de tapada. — bufo frustrado.

— Vai conversar com ela. — nego.

— Nem fodendo, vou ir mais atrás não.

— Vai cara, tu nem tentou entender o por que dela não assumir, já pensou que ela pode ter medo de se machucar? Ai vive nessa bolha de que o amor não é pra ela? — Titto fala.

— Sol é complicado Russo, expressar que gosta de alguém não é fácil pra ela.

— Eu vou embora, perdi o ânimo pra esse baile. — nego com a cabeça me afastando deles, mas antes de sair LP me chama e eu o encaro.

— Fala com ela Rafael. — pede.

Não respondo e vou saindo da quadra, pego meu capacete colocando o mesmo e subindo na minha moto acelerando até a minha casa, guardo a moto na garagem e entro pra dentro de casa, deixo o capacete na cozinha e subo pro meu quarto indo direto pro banheiro tomando aquele banho gostoso, coloco apenas uma bermuda e saio do quarto, ouço barulhos vindo da laje e subo até lá, encontrando a loira sentada na mureta encarando o céu estrelado enquanto cantarolava uma música.

— "Quando a noite cai eu vejo o quanto eu pensei, em você e tudo o que poderíamos ser, isso não é nada fácil, ia ser se tu tivesse aqui". — engulo em seco quando ela soluça.

Caminho lentamente até ela e me sento ao seu lado na mureta, chamando sua atenção e a mesma me encara com os olhos vermelhos e inchados.

— Rafael.. — sua voz sai embargada e eu nego com a cabeça a puxando para os meus braços, sinto ela relaxar e apertar meu corpo com força.

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