Capítulo 90

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S O L A N G E  A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Russo bufa irritado e eu gargalho da sua cara.

— Coé, vai rir mesmo? — me encara com a sobrancelha arqueada. — Só vacilão reagindo a essa porra.

— Pois é Russinho, é nessas horas que tu vê quem são seus amigos de verdade. — rio.

— Toma no cu tio. — nega com a cabeça.

— Tu também é um otario em, olha a foto que tu me posta no story, só tem minha bunda cara.

— Pra mostrar que é minha pô. — sorri.

— Agora aguenta teus "amigo" reagindo ai. — gargalho e ele fecha a cara.

— Vou mandar meter bala na testa de cada um desses filho da puta. — dou risada e ele fica sério.

— Tá me zoando né? — arregalo os olhos assustada e ele quem gargalha de mim agora. — Idiota. — reviro os olhos.

— Tua cara foi a melhor.

— Para de rir Rafael. — dou um tapa em sua perna.

— Aí caralho. — resmunga.

— Bora assistir um filme?

— Tu não vindo com essas ideia de filme clichê, por mim suave. — da de ombros.

— Vai assistir filme clichê sim, eu que mando nessa relação. — ele da uma risada sarcástica.

— Tá doidona mermo, só pode.

— To doidona né? — ele assente rindo. — Vai lá pegar buscar o brigadeiro que tá geladeira.

— Tu acabou de almoçar mulher e já vai quer comer doce?

— Vai logo Rafael. — falo e ele revira os olhos levantando da cama e saindo do quarto.

Ligo a tv e vou direto na Netflix colocando "Por Lugares Incríveis", Russo volta para o quarto em instantes com o prato de brigadeiro e duas colheres em mãos.

— Quem é que manda mesmo? — ele revira os olhos e volta pra cama ficando ao meu lado.

— Te faço engolir essa porra toda se não parar de graça.

— Faz engolir é? — sorrio safada.

— Tu é muito safada, puta que pariu, encontrei a mulher certa. — gargalho.

(...)

— Ta chorando porque tio? — me encara e eu soluço.

— Porra, ele morreu cara.

— E?

— Ele morreu Rafael, ela amava ele, e ele morreu.

— Essa é a vida loira, a gente nasce, pra no final morrer e virar pó.

— Como você consegue ser insensível assim? — indago.

— Não sou insensível não loira, mas é a realidade pô, a única certeza que temos é que um dia todos nós vamos morrer. — da de ombros. — Agora vem cá. — me puxa para o seu peito e segura meu rosto com as mãos me fazendo o encarar. — To apaixonado em tu.

— E eu to apaixonada em você. — sorrio selando nossos lábios.

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