Capítulo 138

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S O L A N G E A G U I R R E

— Thiago não, Tucano! — arregalo os olhos, chocada com a revelação.

Eu não consiga falar, as palavras não saiam da minha boca e eu já podia sentir as lágrimas nos meus olhos.

— Inala o clorofórmio que tem no porta luvas. — fala em um tom autoritário e eu me estremeço toda.

— Por favor.. — peço em meio ao choro.

— Não complica Solange. — suspira tentando ser paciente. — Inala logo!

Engulo em seco, pegando o clorofórmio no porta luvas e molhando o mesmo em um pano.

— Nem pense em jogar isso contra mim, o carro bateria e morreríamos na hora. — diz sem me encarar e eu suspiro frustada, era exatamente isso no que eu estava pensando.

Levo o pano até o meu nariz, inalando o cheiro forte me causando tonturas e em questões de segundos, eu apago e tudo fica escuro.

(...)

2º dia do sequestro.

Acordo no dia seguinte com uma dor de cabeça insuportável, parece até que estou de ressaca, realmente queria que fosse isso. Observo o quarto que eu estava, vendo que tinha somente a cama em que eu estava e uma cômoda logo ao lado, banheiro na direção esquerda do quarto.

Levanto da cama e vou em direção a cômoda que tinha um papel sobre a mesma que dizia "Tem roupas na gaveta caso queira tomar um banho, Tucano.".

Reviro os olhos, pego um conjunto de moletom e uma calcinha que ainda estava com a etiqueta, pego uma toalha também e sigo para o banheiro. Caio em um choro intenso, desejando que isso tudo seja uma pegadinha ou apenas um pesadelo.

Meu peito dói por saber que a minha última conversa que tive com o Rafael foi uma puta de uma briga, não tive a oportunidade de nem ao menos lhe dar um beijo. Ele deve estar surtando e espero que ele esteja sabendo lidar com isso da maneira correta.

(...)

6º dia do sequestro.

Já tem seis, seis dias que estou trancada nesse quarto apenas recebendo comida e roupas novas, seis dias que eu descobri que o Tucano na verdade é o filho da minha patroa, tem seis dias que o mesmo não deu as caras para que me explicar que porra estava acontecendo aqui.

A porta é aberta revelando Limão, um cara que ficava encarregado de trazer as minhas refeições e que não perdia tempo para jogar piadinhas sujas para cima de mim.

— Tu tá gostosinha em dona. — morde os lábios e eu reviro os olhos caminhando até a cômoda e pegando uma troca de roupa para tomar um banho.

Me viro dando de cara com o Limão, que tinha um sorriso malicioso nos lábios. Engulo em seco quando o mesmo me prende contra o móvel, me deixando sem saída.

— Tu é uma gostosa, e eu quero muito te foder. — sussurra em meu ouvido, me causando arrepios de um jeito nada bom.

Já podia sentir as lágrimas nos olhos enquanto o mesmo deslizava com a sua mão pelo meu corpo.

— Por favor..

— Cala a boca dona, vou te foder toda. — sinto seus beijos no meu pescoço e eu travo, não consigo me mexer.

— Para por favor. — falo um tanto mais alto e as lágrimas escorriam sem parar.

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