R A F A E L G A R C I A
Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
Abro os olhos com dificuldade e sinto uma dor do caralho nas costas, percebo que estou no quarto do "hospital" do morro, olho para o lado e vejo a enfermeira injetando algum tipo de remédio junto com o soro.
— É um remédio pra amenizar a dor do local em que a bala foi atingida. — ela diz simpática, meus pensamentos voltam para a Solange.
Porra, será que ela está bem?
— Tem alguém me esperando aí fora? — ela assente. — Pode pedir pra entrar?
— Claro. — ela sorri e sai do quarto.
— Tu teve uma sorte do caralho em. — fala após entrar no quarto.
— Cadê a Solange? — LP sorri de lado. — Tá com esse sorriso no rosto por que?
— Tu mal acordou e já tá perguntando da loira, nem quer saber se seu caso foi grave ou não. — nega rindo e eu reviro os olhos.
— Como ela está? Você falou com ela?
— Calma caralho, ela tá bem, bom fisicamente sim..
— Como assim "fisicamente sim"?
— Qual é Russo, ela deve estar traumatizada, porra, a mina atirou em um cara mano. — indaga como se fosse óbvio. — Mesmo em choque ela só queria vir aqui te ver. — um sorriso surge nos meus lábios. — Mas a Rita e a Yas quase trancaram ela dentro de casa, mina teimosa em vou te contar. — sorrio. — Aí namoral memo? Pra quem nunca tinha atirado, a bicha mirou e acertou de primeira, foi foda de se ver viu.
— E meu pai?
— Surtou né, ele tá achando que tem algum x9 no morro, fomos pegos desprevenidos e nunca estamos nessa situação, aliás, tu tá afastado por um tempo do movimento.
— Como é que é? — arregalo os olhos.
— Tu vai ter que ficar de repouso irmão, tu querendo ou não, seu pai já tomou a decisão, ele vai ficar no seu lugar até tu tiver cem por cento bem.
— Toma no cu. — passo as mãos pelo cabelo nervoso.
Sinto o cheiro doce do perfume da Solange invadir o quarto, olho para a porta e lá estava ela, com um meio sorriso nos lábios e a cara inchada, provavelmente de tanto chorar.
— Essa é a minha deixa. — LP faz um toque de mão comigo e passa pela Solange, depositando um beijo em sua testa.
— Vem cá loira, não mordo não. — ela sorri tímida e caminha até mim.
— Você me assustou. — sua voz sai embargada.
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Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...