R A F A E L G A R C I A
Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
1 semana depois.Entro no quarto em que a Sol estava ficando, e ela continua do mesmo jeito.
Intacta, sem mover um músculo se quer, apenas respirando por causa dos aparelhos que tinha a sua volta.
Me parte o coração saber que era pra eu estar ali, e não ela.
Ainda me culpo por tudo o que aconteceu, caminho até ela e pego a sua mão a levando até a minha boca e depositando um beijo na mesma.
— Eu só queria que você acordasse. — suspiro fundo, engolindo em seco.
Não tem sido fácil aguentar ficar longe dela, o que me mantém firme é sentir o contato da sua pele na minha toda vez que venho visitá-la.
Ouço o toque do meu celular e pego o mesmo, atendendo a chamada sem ao menos ver quem era.Início de ligação.
— Russo, precisamos de tu aqui no morro caraí, onde você está?
— To aqui no hospital com a Sol, aguenta mais um pouco aí.
— Russo, teu pai já tá puto contigo.
— Manda meu pai pra casa do caralho. — falo sem paciência e encerro a chamada, sem esperar que o LP chame a minha atenção.
Fim de ligação.To ligado que tenho as minhas responsabilidades com o morro, mas é foda me manter concentrado quando alguém que eu amo está em coma, apenas vivendo por conta de aparelhos.
— Posso entrar? — olho de relance para a porta, e a mãe de loira estava encostada na mesma.
Assinto com a cabeça, e volto a encarar o rosto da Solange que estava um tanto pálido, Larissa para ao meu lado e põe sua mão na minha costa, fazendo um leve carinho pela região.
— Você precisa ir pra casa Rafael. — nego. — Solange não iria gostar que você deixasse suas obrigações de lado por causa dela. — a encaro com a sobrancelha arqueada.
— Foi meu pai que pediu pra tu vir falar comigo?
— Não, vim por livre espontânea vontade. Você é o "dono da porra toda" não é? — assinto. — Não é o que parece, você está vivendo trancado nesse hospital, e nem está ligando pelo fato de ser perigoso já que a qualquer momento pode ser pego pela polícia.
— Ninguém entende pelo o que eu estou passando. — admito. — Sei que estamos todos no mesmo barco por ver ela assim, mas a dor que eu sinto é diferente da de todos. — suspiro. — É a dor da culpa, a dor por termos perdido um filho e nem sabíamos que ela estava grávida. É a dor por saber que ela está nesse estado por minha causa, era pra eu estar no lugar dela. A dor da saudade de tê-la todos os dias comigo, de ouvir a sua risada, de sentir os seus lábios no meus, até dos surtos eu sinto falta. — rio fraco.
— A culpa não é sua! Ela entrou na frente porque te ama, e sabia que de alguma forma se fosse você no lugar dela, ela não iria aguentar metade do que você está aguentando. Então pare de se culpar, acho que não vai querer levar um esporro dela por causa disso né!?
— E se ela não..
— Ela vai acordar, eu sei que vai, só basta ela querer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...