Capítulo 173

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S O L A N G E A G U I R R E

RETA FINAL

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Acordo no dia seguinte com um selinho em meus lábios, abro os olhos e vejo o Rafael sorrindo que nem um bobão.

— Bom dia, loira. — sorrio.

— Bom dia vida, to com fome já fez o café? — Russo da risada, e balança a cabeça em concordância.

— Se tu já era esfomeada, imagina agora que come por dois. — belisco seu abdômen nu. — Aí caralho.

— Tu me respeita manézão.

— Vou dar bom dia pra minha cria agora.

Russo tira coberta fina que cobria o meu corpo e se inclina para frente, beijando a minha barriga.

— Bom dia cria do papai.

— Acho que é um menino.

— Dizem que mãe sente esses bagulho né? — eu assinto. — Então bom dia garotão do pai.

— Vai Russo, desgruda agora, to com fome cara.

— Ala, tá vendo como tua me trata João?

— Vai ser Neto! — ele nega.

— João.

— Quem vai carregar durante nove meses na barriga em? Quem vai ficar inchada? Com dor? Irritada? É tu ou é eu? — ele revira os olhos.

— Então bora por João Neto pô, já tem até um vulgo pra ele JN. — semicerro os olhos para ele. — Que?

— Se tu tá achando que nosso filho vai entrar pra essa vida, pode esquecer.

— Pode esquecer tu, já te falei que nada funciona como a gente quer. Quem vai decidir é ele, se vai querer entrar pra essa vida ou não, nunca ouviu aquele ditado que nós cria os filhos para o mundo? — reviro os olhos bufando. — Não adianta bufar não doidona, tu tem que aprender a encarar a realidade pô. Também não quero que ele entra pra essa vida não, mas e se for da vontade dele? Nós não vai poder fazer nada não tio.

— Rafael tá tudo bem com você? Você anda filosofando muito desde ontem. Nem parece que é tu, o bandido burro. — gargalho e ele fecha a cara, me fazendo rir mais ainda. — Eu te amo, fica com essa carinha de bravo não. — dou um selinho em seus lábios.

(...)

Combinei com as meninas para elas virem aqui em casa depois do almoço, por mais que elas já tenham a certeza da minha gravidez eu mesma quero contar a elas, só pra confirmar o que estava óbvio.

— Qual o motivo da reunião em? Tu empatou minha foda da tarde.

— Credo Cand, nem parece que tem apenas dezessete anos. — Yasmin fala fazendo uma careta.

— Minha revanche por tu ter empatado minha foda com o Russo aquele dia. — pisco e ela revira os olhos. — Espera ai, vou ligar pra Emma por chamada de vídeo.

— Queria estar no lugar dela, lá em Natal. — bufa.

— Quando tu casar com o Pinguim tu vai pra lá.

— Ih minha Yas, acho que é mais fácil eu ganhar na mega sena do que casar com esse aí. — rimos.

Pego meu celular e desbloqueio o mesmo, indo no WhatsApp e iniciando uma chamada de vídeo com a Emma.

Início de chamada de vídeo.
— Eai minhas linda, bem plena aqui nesse quarto. — mostra a vista maravilhosa.
— To com desejo de Natal.
— Deve ter dado muito nessa sacada né? — Emma ri.
— Vai Sol desembucha.
— Então, eu sei que todas vocês já esperavam por isso, mas eu estou grávida mesmo.
— EU SABIA! — grita. — Aí meu Deus eu vou ser tia, isso é sério mesmo? — pergunta com os olhos cheios de lágrimas.
Concordo já chorando, Emma estava sorrindo que nem uma boba e dando pulinhos no quarto que estava.
— Melhor notícia, sério. — Yasmin me abraça.
— Eu to muito feliz cara. — se junta a mim e a Yas, Emma faz um biquinho nos fazer rir.
— Queria estar aí para fazer parte desse abraço também.

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