Capítulo 144

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Y A S M I N G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Daqui duas semanas completo o quinto mês da gestação, meus hormônios estão à flor da pele, choro todas as noites pedindo a Deus para que ele proteja a Solange. Sei que se ela estivesse aqui estaria me mimando, e puxando minha orelha pelas coisas erradas que eu faço, ela com certeza surtaria comigo.

— Bom dia linda. — da um cheiro em meu pescoço e eu sorrio.

— Bom dia amor.

— Hoje que tu tem consulta? — assinto. — Vou junto contigo, será que vai dar pra saber o sexo do bebê?

— Já falei que é menina amor.

— Para com isso tio, vai ser menino.

— Quer apostar?

— Sei que vou ganhar mesmo. — diz convicto.

— Se for menina, tu vai bancar tudo, o enxoval, decoração do quarto e o chá de bebê que eu vou fazer.

— Jaé, já ganhei essa porra filha. — gargalho, tão iludido.

Tenho certeza que a minha Mikaele está a caminho.

— O de casa. — escutamos a voz do meu irmão. — To entrando, espero que não estejam fodendo.

— Teu irmão não dá sossego. — revira os olhos assim que o Russo entra no nosso quarto.

— Ouvi isso viu? — cruza os braços. — Bora ai Titto, marquei uma reunião aqui na sua casa. Descobri quem é puto do Tucano.

— Sério? — sento na cama, não conseguindo conter a felicidade.

— É tio, agora a gente só precisa descobrir onde ele tá. — suspira. — Por isso marquei uma reunião, já tenho algo em mente.

— E tinha que ser aqui?

— Claro, minha filha não gosta de muito gente em casa não. — franzo o cenho. — A cachorra, sua tapada.

— Não fala assim comigo Rafael. — choramingo.

— Ih ala. — nega com a cabeça. — Não enrola Felippe, daqui a pouco os cara tá aí. — diz antes de sair do quarto.

— Bora tomar um banho? — sorrio maliciosa. — Nem vem, vou te foder no banheiro não, pra tu escorregar é dois palito, então não vamo arriscar.

Bufo irritada e ele gargalha, fomos para o banheiro juntos e tomamos um banho, lógico que eu provoquei porém não obtive sucesso, quando Titto quer ele sabe controlar bem o tesão dele, diferente de mim que todo momento estou querendo transar.

— Não quero gritaria Felippe. — falo antes do mesmo sair do quarto.

— Quer vir junto? — nego.

— Não vou participar do plano mesmo. — dou de ombros. — Vou é comer, tu comprou a nutella que eu pedi? — ele assente. — Vou encher o cu de nutella com laranja.

— Estranha. — faz uma careta e eu taco o travesseiro nele.

(...)

Felippe bufa enquanto saímos da Upa e eu gargalho da cara dele.

— Eu avisei. — sorrio. — Agora vai bancar tudo. — bato palminhas.

— Vê se não abusa.

— Acho que uns cinco mil da, né?

— Que? Tá doidona é? Cinco mil pra bancar tudo?

— Meu amor, cinco mil só para o enxoval.

Felippe arregala os olhos e eu gargalho.

— Vou falir com o dinheiro que eu nem tenho.

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