Capítulo 140

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S O L A N G E A G U I R R E

— Eu não menti quando disse que estava apaixonado por você. — suspira. — Mas isso que eu to fazendo, não tem nada a ver com o que eu sinto. Sou homem o suficiente pra entender quando não querem nada comigo. Não vou mentir pra você não, eu ia te matar na primeira oportunidade que eu tivesse por tu ter matado o meu braço direito. — engulo em seco. — Mas to ligado que ele não ia querer que sua morte fosse vingada, até que eu descobri que tu é a Solange Aguirre, filha do maior contrabandista de armas. Não acreditei quando um informante meu me disse isso, mas aquele dia no jantar com a minha mãe, tu me entregou tudo.

— Sua mãe..

— Minha mãe não sabe de nada. — suspira. — Ela acha que eu viajo muito e por isso não tenho tempo para ela, desde que eu soube que você trabalhava com ela essa foi a primeira vez que a vi durante tanto tempo. — faz uma pausa. — Mas respondendo a tua pergunta inicial, to fazendo isso por vingança e porque quero tomar o poder do teu namoradinho.

— Você é uma péssima pessoa. — digo nervosa e o mesmo nega com a cabeça.

— Não, eu não sou. Se eu fosse mesmo tu nem estaria aqui, já teria sido morta no dia seguinte daquela invasão. Se eu fosse uma péssima pessoa Solange, não teria impedido o Limão de te estuprar e tu iria viver o maior trauma da sua vida. To no erro pelas merdas que eu fiz? Claro pô, mas isso não me torna uma péssima pessoa não.

— Você pode sair? — peço seca e o ouço respirar fundo.

Assim que escuto a porta sendo fechada e trancada logo em seguida, caio em um choro intenso.

Eu não culpo o meu pai e nem culpo o Russo por isso, a culpada sou eu!

Eu me culpo por nunca ter desconfiado das perguntas sobre mim que o Thiago me fazia, ele mesmo sem querer me deu vários sinais para desconfiar dele e eu não acatei nenhum.

•••
— Tá com tanta pressa assim pra sair da casa do seu pai? — pergunto e ele sorri de lado.

— Namoral, faz cota que to com isso em mente, mas antes uma loirinha encrenqueira não fazia parte dos meus planos. — me puxa pela cintura colando nossos corpos, passo meus braços em volta do seu pescoço.

— Agora essa loirinha encrenqueira faz parte dos seus planos?

— Desde o dia que busquei ela no aeroporto. — deixo um sorriso escapar e Rafael sorri também.

(...)

— Vem cá. — me puxa para deitar em seu peito. — Eu te amo loira, tu nem tem noção de como eu fiquei essa semana afastado de ti. Não consigo imaginar minha vida sem tu não. — o encaro com um sorriso bobo nos lábios.

— Eu te amo muito Rafael, só não concordo com algumas atitudes sua. — ele sorri fraco. — Nada vai me tirar de você, tudo bem? — ele assente e beija minha testa.

(...)

— Eu te amo.

Engulo o choro em seco assim que o mesmo sai sem me de dizer nada, bebo mais uma xícara de café e saio de casa, Pedrinho já estava me esperando em sua moto para me levar até o campus da faculdade.
•••

Soluço enquanto divagava em meus pensamentos todos voltados para o Russo. Eu não quero que ele se sinta culpado por ter saído de casa no dia em que fui sequestrada sem dizer que me amava, e eu sei que é exatamente isso o que ele está sentindo.

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