Capítulo 176

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C A N D A C E A G U I R R E

RETA FINAL

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Vou tomar um banho, tu vem junto? — nego com a cabeça. — Tem boca pra responder não?

Respiro fundo.

— Não Paulo, eu não quero tomar banho com você. — debocho e o mesmo faz uma careta, antes de cair na gargalhada. — Tá rindo do que idiota? — cruzo os braços.

— Pô Cand, ainda tá brava por que eu não te pedi em casamento?

— Não é isso.

— É sim que eu to ligado, tu tá estranha tem dois meses já doida.

— Eu não estou estranha. — reviro os olhos e vou subindo as escadas.

— Tá vendo? Vive dando as costas pra mim quando tocamos nesse assunto, para de marra Candace. Sabe que eu não curto quando tu age assim. — diz chateado.

Não falo nada e apenas termino de subir as escadas, entrando em nosso quarto me jogando na cama. Pinguim aparece em instantes mas vai direto para o banheiro, sem olhar na minha cara.

Suspiro, sei que estou agindo com infantilidade mas eu queria mesmo que ele tivesse me pedido em casamento.

Me ajeito na cama e fechos os olhos, acabo dormindo rapidinho.

(...)

Acordo com um cheiro em meu pescoço, abro os olhos vendo Paulo me encarar atentamente.

— Bora trocar uma ideia? — concordo com a cabeça ainda sonolenta.

Me sento na cama esfregando o meu rosto, e permaneço em silêncio esperando que o Paulo de a primeira palavra.

— Primeiramente, queria te pedir desculpa se eu te magoei. Mas esse bagulho não é pra mim não, tá ligado? Tu sabe que se não fosse pela insistência da Emma eu nem teria aceitado ser padrinho, não curto usar essas parada de terno e gravata. — faz uma pausa. — To ligado que tua vontade é entrar em uma igreja de vestido branco toda maravilhosa, mas pô, acho que a gente não precisa disso sabe? Eu te amo e tu me ama, isso que importa, mas esse bagulho de casamento só é dinheiro jogado fora tio. Não quero que tu fique chateada comigo por causa disso, não precisamos casar pra provar do nosso amor ou pra ter a bença de Deus, já somos abençoados por termos um ao outro, e..

— E é isso o que importa. — suspiro. — Acho que eu me precipitei também quando peguei o buquê, sabe quando bate aquela vontade que ninguém tira da sua cabeça? Foi isso que aconteceu comigo, me sinto péssima por ter descontado em você. — engulo em seco. — Me desculpa?

Paulo leva sua mão até o meu rosto e limpa a lágrima que escorria pelo mesmo, ele aproxima seu rosto do meu e gruda nossas testas.

— E tem como não desculpar pô? Só quero que quando eu fizer algo que te incomode ou te chateie, tu venha falar comigo numa boa pra nós resolver, acho mo chato quanto tu age assim e fica estranha comigo.

— Eu sei, eu errei.

— Vem cá. — diz antes de selar os nossos lábios em um beijo calmo. — Eu te amo demoro? Esquece disso nunca.

— Eu também te amo. — sorrio.

— Bora fazer um pinguinzinho? — solto uma gargalhada.

— Tu é um bobo mesmo. — nego com a cabeça.

— Tu não vive sem. — beija meu pescoço e eu sorrio.

— Não vivo sem o seu..

— Não termina, se não vou me sentir ofendido. — se afasta e faz uma cara de coitado, me fazendo rir.

Sublime Amor [M] ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora