Capítulo 80

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S O L A N G E  A G U I R R E

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

— Não vai entrar no mar não doida? — pergunta se aproximando de mim junto com a Yas, nego com a cabeça e dou uma sugada na água de coco com o canudo.

— Ela não quer estragar os cabelos loiros. — Yasmin zoa.

— Sabe que não tenho essas frescuras, só não to afim de ter que lavar quando a gente chegar no morro.

— Pensando por esse lado, me fodi. — senta na cadeira a minha frente e Emma ao meu lado. — Me da um gole dessa água aí. — estica a mão para mim e eu nego. — Coé Sol, vai me negar? — indaga surpresa.

— Ih filha, tem uma barraquinha ali do seu lado, vai lá comprar sua folgada. — ela me dá a língua e cruza os braços.

— Mas eu quero da sua. — faz bico e eu gargalho, dramática demais, entendo o coco para ela que abre o maior sorrisão.

— Você é doida. — ela da de ombros, desvio meu olhar para Emma que encarava o celular com um olhar triste, toco o seu braço e a mesma me encara. — Tudo bem?

— Minha mãe quer saber quando eu volto.

— Você pensa em voltar? — Yasmin pergunta.

— Eu não sei. — suspira fundo.

— Luís vai ficar super bolado, mas tenho certeza que se essa for sua decisão ele vai te apoiar. — falo.

— Ele é a única coisa que me prende aqui. — sorri fraco. — A gente se dá tão bem, ele me respeita, espera o meu tempo, não sei se conseguiria deixar ele pra trás.

— Izi, que fofa. — aperto suas bochechas. — Mas falando sério amiga, tira essa semana pra pensar naquilo que tu quer mesmo entende? — ela assente. — Quando souber o que quer, você fala com ele.

— Só não pensa nisso hoje pelo amor de Deus, tem baile e nós três precisamos rebolar até a bunda cair. — Yasmin fala nos fazendo rir.

— Então melhor a gente ir, daqui a pouco já é seis horas e nós estamos aqui ainda.

— Vou mandar mensagem pro Luís, vão ajeitando suas coisas aí.

Vou até o quiosque pagar a conta e quase caio para trás com aquele Deus grego que me atendeu, babei nele o tempo inteiro e o mesmo percebeu porque sorriu e me deu uma piscadinha antes que eu me afastasse dele, volto para as meninas e as duas já estavam me esperando em pé, pego minha mochila e meu celular e fomos saindo da praia para esperar o LP chegar.

(...)

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Eu estava morta, faculdade durante a manhã e passar praticamente a tarde toda na praia é pior do que estudar e ir trabalhar depois, assim que chegamos em casa eu subi direto para o meu quarto e me jogando na cama do jeito que eu estava mesmo, olho no relógio e vejo que ainda tenho um tempo pra tirar um cochilo antes de começar a me arrumar para o baile.

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