Capítulo 179

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S O L A N G E A G U I R R E

RETA FINAL

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Estou fazendo isso por nós amor. — desvia sua atenção para o Russo, que ri debochado na cara dela.

— Amor é o meu pau, vai toma no cu. Tá ficando doidona tio?

Aproveito que a Natascha está concentrada no Russo para poder tentar sair de perto deles, mas falho assim que sinto uma dor forte, indícios de uma contração, que me faz cair sentada no sofá.

— Pare de fugir baby, sabemos que fomos feitos um para o outro.

— Vai se tratar Natascha! Tu é maluca.

— A única coisa que nos impede de ser feliz é essa vadia da Solange e esse bebê que ela espera seu. Mas eu não vou permitir que ela te tire de mim.

— Se toca, eu nunca fui seu. — diz calmo e a Natascha balança a cabeça em negação.

— Você sempre foi meu. — vocifera. — Eu vou te dar duas opções Russo..

— Duas opções é o meu caralho. — puxa a arma da cintura e aponta para a Natascha, e eu me levanto do sofá.

— Se eu fosse você, não faria isso. — rosna.

— Ah é? E por que não? — engatilha a arma.

— Rafael.. ela está com uma arma apontada para a minha barriga, por favor, não faça nada. — peço soluçando.

Rafael suspira frustrado e abaixa a arma contra a sua vontade, sustentando seus olhares com os da Natascha, e a mesma ainda tinha um sorriso diabólico nos lábios.

— O que você quer Natascha?

— Você.

— Sabe que isso jamais irá acontecer, quer dinheiro? Eu te dou a quantia que tu me pedir, mas não faça nada com a minha mulher e o meu filho.

— EU SOU SUA MULHER! — grita descontrolada, João Neto se remexe dentro de mim.

Levo minha mão até a minha barriga, e faço um breve carinho na mesma, uma outra contração vem e eu fecho os olhos com força.

Pelo amor de Deus filho, agora não é o momento para querer sair.

— Natascha, por favor!

— Fica comigo Russo, eu te imploro. Fica comigo e larga essa putinha de quinta, eu preciso de você!

Olho de relance para a porta da cozinha e vejo LP ali, certamente deve ter entrado pela porta dos fundos.

— Eu nunca ficaria contigo, sua louca.

Sinto um líquido escorrer pelas minhas pernas, olho para o chão vendo que o mesmo estava todo molhado.

Merda, a minha bolsa rompeu, por Deus João Neto não podia esperar alguns dias para querer sair?

— Rafael..

— Cala a boca sua puta. — me encara com ódio e faz uma careta ao ver o líquido espalhado no chão.

Luís aproveita que a Natascha virou-se de costas para ele e disparou com a sua arma duas vezes, acertando um tiro em cada uma na junta de seus dois joelhos fazendo com que a mesma caia no chão.

Russo se apressa em tirar a arma rapidamente da mão dela, Luís vem e segura a Natascha pelos braços.

— O que eu faço com ela?

— Sei lá tio. — caminha até mim. — Corta a cabeça dela, pendura em algum lugar por aí e fala que quem mexer com família minha terá o mesmo fim que essa vagabunda.

— Russo, o João Neto vai nascer. — Rafael arregala os olhos. — Anda caralho me ajuda, a gente precisa ir para um hospital.

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