Capítulo 165

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E M M A D E V I S

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
2 meses depois. — Março.

Pago o uber pela corrida e saio do mesmo, a única coisa em que consigo pensar é na minha cama.

Hoje o dia foi exaustivo, não vou negar, é bem foda estudar e trabalhar. Isso acaba com todas as minhas energias, chego cansada todo santo dia em casa.

Passo pela entrada e encontro Candace com um sorriso animado nos lábios, estreito os olhos para ela estranhando sua reação.

— O que foi? — pergunto.

— Coloca isso aqui. — me entrega uma venda e eu arqueio a sobrancelha. — Vai logo Emma. — reviro os olhos pegando a venda de suas mãos e pondo a mesma.

Sou guiada até dentro de um carro, que logo começa a se movimentar.

— O que está acontecendo gente?

— Você vai..

— PAULO. — grita, me fazendo rir. — Cala a boca idiota, é supresa.

— Eu não imaginei que fosse surpresa. — Pinguim tenta se defender.

— A não, acha que ela está de olhos vendados por que?

— Fetiche sexual? — gargalho alto.
Esse Pinguim é uma figura.

Em alguns instantes o carro para e eu sou tirada do mesmo, Candace vai me guiando e percebo que entramos na minha casa, como eu sei? Pelo barulho irritante que a porta da sala faz.

— Vou te colocar no banheiro, você vai tomar um banho e se arrumar, lá tem tudo o que precisa. Chama assim que terminar. — assinto.

Quando escuto a porta sendo fechada, tiro a venda dos meus olhos e já vou me despindo, faço um coque frouxo no meu cabelo e entro no box ligando o chuveiro indo para debaixo do mesmo. Tomo um banho super rápido, porém relaxante me seco com a toalha e coloco o vestido que estava pendurado na parede.

Escovo os dentes e opto por deixar meu rosto todo natural, calço um chinelo enfeitado com pedrarias.

— TERMINEI. — grito.

A porta é destrancada e aberta logo em seguida, revelando Luís todo arrumado com uma rosa em mãos, sorrio e caminho até o mesmo depositando um selinho em seus lábios.

— Para você. — fala estendendo a rosa em minha direção.

— Obrigada. — sorrio e ele entrelaça nossas mãos, e vai nos guiando para a cozinha.

Fico boquiaberta quando vejo uma mesa preparada com um jantar para dois toda decorada. Luís puxa a cadeira para que eu pudesse me sentar e eu sorrio em agradecimento.

— O que você está aprontando Luís Pedro? — apoio meus cotovelos na mesa.

— Não posso te mimar? — sorri, e eu nego com a cabeça rindo.

Alguma coisa ele está aprontando, disso eu tenho certeza.

(...)

O clima estava ótimo, sem contar que a comida estava uma delícia.

— Vamos para o quarto? Tenho outra supresa para você.

Semicerro os olhos para ele que sorri de lado, levantamos das cadeiras e Luís pediu para que eu fosse na frente, assim eu fiz, com um friozinho na barriga adentrei o quarto e meu queixo quase caí no chão com a trilha de pétalas e velas que tinha tinha até a cama.

Caminho até a mesma com os olhos marejados, uma lágrima escorre pelo meu rosto assim vejo que na cama estava escrito com pétalas de rosa "Quer casar comigo?".

Me viro para encarar o Luís, e levo a minha mão até a boca vendo o mesmo ajoelhado no chão com uma caixinha vermelha de veludo em mãos.

— Tu aceita ser minha mulher pro resto da vida? — sorrio em meio ao choro.

— Sim, claro que eu aceito.

Luís sorri abertamente para mim e se levanta, colocamos as alianças de noivado um no outro e ele sela nossos lábios em um beijo cheio de desejo e amor.

— Eu te amo, morena. — gruda nossas testas.

— Eu te amo Luís, muito. — sorrio e o puxo para um beijo quente.

É assim terminamos a nossa noite, nos amando loucamente encima do letreiro de pétalas de rosa que tinha na cama.

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