Capítulo 146

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R A F A E L G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— ATENÇÃO CARALHO. — grito fazendo todo mundo se calar. — É o seguinte, o Tucano tá mantendo a loira em uma casa lá na Barra, o que eu achei uma puta de uma burrice né.

— Conseguiu ser mais burro que tu. — zoa.

— Agora não é hora para zoação Luís. — falo sério e o mesmo ergue os braços em sinal de redenção. — É o seguinte, nós tem que ser mais rápido que a polícia. Não adianta nada nós conseguir matar esse filho da puta, pra polícia pegar a gente depois.

— Vamos ter apenas trinta minutos pra matar esse porra e pegar a Solange. — meu pai fala.

— E é por isso que apenas alguns de vocês vão junto, não podemos bobear e eles também não são burros ao ponto de ter uns trinta nego na casa. — Luís completa.

— Pinguim, Titto e Pedrinho vão ficar pra tomar conta do morro, meu pai, eu e LP, contando o resto vamos para a Barra pegar minha mulher.

— Quero ir junto Russo. — nego.

— Não posso arriscar tua vida com a minha irmã esperando um filho teu, então tu fica. — ele assente. — O resto, peguem suas armas e coletes, temos que nos preparar para tudo.

— Lembrem, o foco é matar o Tucano e pegar a Solange. — meu pai diz.

— Entenderam? — falo e os cinco menor que vão nos acompanhar concordaram. — Então bora todo mundo pra van.

(...)

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

— Tem certeza que é aqui mermo Vitinho? — estreito os olhos assim que o mesmo estaciona a van em frente a uma casa luxuosa.

— Essa foi a localização que tu me mandou chefe, só segui. — da de ombros.

— Carlinhos e Renato, bora comigo dar uma olhada na casa. Qualquer movimento suspeito tu me aciona demoro? — encaro LP que assente.

Vitinho abre a porta da van no automático e eu desço, analisando se não tinha ninguém por perto, tudo limpo.

Saio da van seguido de Carlinhos e Renato, franzo o cenho quando vejo o portão da casa semiaberto.

— Acha melhor chamar mais uns cara chefe? — Renato pergunta e eu nego com a cabeça.

Nenhum idiota deixaria o portão semiaberto quando se está mantendo alguém em "cativeiro", a não ser que o filho da puta da puta já tenha fugido.

Empurro o portão com tudo, e já vou andando pela casa toda não vendo vestígio algum de homens armados, Tucano, nem até mesmo da loira.

— Filho da puta tio. — respiro fundo.

Escuto meu radinho tocar e eu tiro o mesmo da cintura levando ele até a boca.

— Fala.

— Bora vazar Russo, polícia tá vindo aí.

— Demoro, já to indo. — suspiro.

Dou uma apertada nos passos e vou de encontro com Carlinhos e Renato, já dava pra ouvir as sirenes daqui entramos na van e o Vitinho já foi saindo rapidinho até a Cidade de Deus.

(...)

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Acendo o terceiro baseado da noite, dou uma tragada e solto a fumaça, se a loira tivesse aqui ela estaria surtando por eu estar fumando na sacada do nosso quarto e com a Pipoca no meu colo.

A falta que essa mina me faz é surreal tio, não sei como ainda to aguentando, já tá pra fazer dois meses que to longe dela e vou te falar mermão, tá foda de conviver com a saudade.

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