Capítulo 181

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R A F A E L G A R C I A

PENÚLTIMO CAPÍTULO

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Solange já estava no quarto, as enfermeiras estavam com o João dando o primeiro banho e essas coisas que devem rolar quando algum bebê nasce.

— Eu não acredito que ele decidiu nascer no meio de toda aquela tensão. — Candace fala indignada.

— Pois acredite Cand, a arma estava literalmente apontada para a minha barriga, a bolsa rompeu bem nessa hora.

— Essa aí vai ter história boa pra contar para os filhos em. — Pinguim ri.

— Verdade, primeiro o sequestro, depois o coma e agora isso. — Emma fala.

— Cheguei, cadê meu sobrinho em? Quero ver ele.

— Aquieta o cu ai Yasmin.

— Cala a boca Pinguim desnutrido.

— Ei. — Solange repreende a minha irmã. — Não chama ele assim.

— Mas você chama.

— Porque só eu posso. — Yasmin revira os olhos.

— Vamos alimentar esse nenenzinho? — a enfermeira diz entrando no quarto, caminhando até a loira.

— Eu não sei como fazer. — diz sem graça.

— Eu te ajudo querida, não tem problema. — entrega o João para a loira que segura ele toda desajeitada.

— Meu pai amado, ela vai derrubar o bebê. — brinca e a Cand da um tapa em sua cabeça.

— Sossega Paulo. — o mesmo da língua para ela.

Fico observando a enfermeira ajudar a Solange com o João, a loira faz uma careta assim que o pequeno começa a sugar o leite que está em seu peito.

— É né safada, quando é o Russo fazendo isso tu não faz essas careta né. — fala e a enfermeira gargalha.

— Se precisar de ajuda, só apertar a campainha tudo bem? — diz ainda rindo.

— Obrigada, e desculpa pelo meu amigo, ele é sem noção. — Solange fala sem graça e a enfermeira sorri, saindo do quarto.

— A sensação é boa né? — encara a Sol que assente sorrindo largo.

— Só é estranho no início.

— Quer fazer outro Yas? — abraça a minha irmã por trás.

— Deus me livre, só a Mika está de bom tamanho.

— Eu e a Cand vamos fazer um pinguinzinho. — fala e todo mundo ri.

— É bebê da mamãe, vai se acostumando com a loucura que são os seus tios viu. — diz encarando o João, mas logo desvia sua atenção para mim. — Tá com medo Rafael? Vem mais perto bobinho. — sorrio fraco, me aproximando deles.

João Neto fitava atentamente a loira enquanto sugava o leite do peito da mesma, e assim que me viu acabou sorrindo enquanto mamava, o que tirou um sorriso bobo de mim.

— Eu te amo filho. — acaricia o rostinho do pequeno, que solta o peito dela.

— Deixa eu fazer ele arrotar? — minha irmã pede.

— Não.. eu vou fazer.

— Prevejo a merda acontecer. — lanço um olhar sério para o mesmo que ri. — To brincando chefinho.

— Consegue pegar ele? — assinto, mesmo não tendo a certeza.

Com delicadeza tiro o João do colo loira e o levo para o meu peito.

— O que eu faço agora?

— Fica batendo de leve na costa dele, até ele arrotar. — faço o que a minha irmã diz.

— Que a beleza dele seja única, porque se puxar para os pais, bichinho tá lascado.

— Caraí Pinguim, consegue ficar de boca fechada não? — Titta fala fazendo Pinguim erguer as mãos em sinal de redenção.

— Vamos deixar eles sozinhos gente, Sol precisa descansar. — Emma fala.

— Mas eu quero pegar o meu sobrinho. — Candace choraminga e eu ouço o João arrotar.

— Tempo pra pegar ele no colo, tu vai ter de sobra amor. Bora pra casa, gosto de hospital não. — faz uma careta.

O pessoal sai do quanto me deixando a sós com a loira e o meu filho.

— Que loucura né?

— Pô loira, nem me fala. — suspiro. — Nunca pensei que de novo iria sentir o medo de te perder, ainda mais perder o João junto.

— Agora está tudo bem, e nada vai separar o que construímos. — sorri. — João dormiu, coloca ele no bercinho. — assinto, e coloco o pequeno dentro do berço que estava ao lado da cama da loira.

Observo o mesmo já colocar o dedo na boca e chupar o mesmo, enquanto dorme. Me sento na cama da loira e seguro seu rosto com as minhas mãos, encarando aqueles olhos azuis que eu tanto sou fascinado.

— Eu te amo, eu não sabia que precisava tanto de ti até te ter comigo. — ela sorri antes de me dar um selinho.

— Eu te amo Rafael, desde que cheguei aqui tu foi a melhor coisa que me aconteceu. — diz e sela nossos lábios em um beijo calmo.

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