Capítulo 86

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R A F A E L  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Me desculpa, eu..

— Não precisa dizer nada agora. — a interrompo. — Só curte o momento. — acaricio seus fios loiros.

Ficamos em silêncio durante um bom tempo, apenas ouvindo as músicas que tocavam em seu celular.

— "Ei, mina, esquece lá fora, esse outro cara? Ignora, porque vai ser só eu e você agora." — cantarolo baixinho em seu ouvido.

— Rafael.. — hesita.

— O que foi linda?

— Acho que estou apaixonada por você. — fala me encarando.

— Ué, mas não era você que não acreditava no amor? — tiro uma com a sua cara e a mesma revira os olhos.

— Eu pensei que o amor não era para mim, até que eu te conheci. — abro um sorriso bobo e selo nossos lábios em um beijo calmo, essa mulher me fez perder a pose de bandido desde o dia que a vi no aeroporto. — Desculpa. — finaliza um beijo com um selinho e me encara. — Eu quase te perdi, mas eu só não queria admitir para mim mesma que esse sentimento existia dentro de mim. — suspira abaixando a cabeça.

— Ei. — ergo seu rosto com as minhas mãos. — Tu foi vacilona mermo. — sinto um tapa fraco seu em meu ombro e eu rio.

— Eu só tenho medo Rafael. — solta o ar pesado que prendia em seu peito. — O amor machuca, dói, te rasga o peito, eu não sei lidar com a dor.

— Pô, te mandei o papo de que se tu fechasse comigo eu iria fechar contigo, aqui é reciprocidade até o fim tá ligado? Sou sujeito homem, sei como tratar uma mulher, então tu só precisa confiar em mim sacou?

— Eu confio.

— Então tu não precisa ter medo não pô. — sorrio.

— Se tu me machucar, eu juro que corto seu pau fora. — fala séria e eu gargalho.

— Tu não vive sem ele, loira.

— Idiota. — sorri de lado. — Poderia fazer uma massagem em mim né?

— Com a língua? — sorrio malicioso.

— Não seria uma má ideia. — beija meu pescoço e eu me arrepio todo com o ato.

— Vem, vou te lavar pra um lugar. — lhe dou um selinho e levanto da mureta.

Solange faz o mesmo que eu e entrelaça nossas mãos, caminho com ela até a garagem e entramos no meu carro.

— Pra onde a gente vai? — pergunta curiosa e eu sorrio de lado.

— Tu vai ver. — ela bufa e eu gargalho. — Relaxa linda.

Espero o portão da garagem se abrir para enfim, dar partida no carro e sair com o mesmo, subindo o morro acima até parar em frente a uma casa com a reforma quase acabada.

— Bora entrar aí. — falo saindo do carro e ela faz o mesmo que eu.

Sublime Amor [M] ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora