R A F A E L G A R C I A
Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
— Me desculpa, eu..
— Não precisa dizer nada agora. — a interrompo. — Só curte o momento. — acaricio seus fios loiros.
Ficamos em silêncio durante um bom tempo, apenas ouvindo as músicas que tocavam em seu celular.
— "Ei, mina, esquece lá fora, esse outro cara? Ignora, porque vai ser só eu e você agora." — cantarolo baixinho em seu ouvido.
— Rafael.. — hesita.
— O que foi linda?
— Acho que estou apaixonada por você. — fala me encarando.
— Ué, mas não era você que não acreditava no amor? — tiro uma com a sua cara e a mesma revira os olhos.
— Eu pensei que o amor não era para mim, até que eu te conheci. — abro um sorriso bobo e selo nossos lábios em um beijo calmo, essa mulher me fez perder a pose de bandido desde o dia que a vi no aeroporto. — Desculpa. — finaliza um beijo com um selinho e me encara. — Eu quase te perdi, mas eu só não queria admitir para mim mesma que esse sentimento existia dentro de mim. — suspira abaixando a cabeça.
— Ei. — ergo seu rosto com as minhas mãos. — Tu foi vacilona mermo. — sinto um tapa fraco seu em meu ombro e eu rio.
— Eu só tenho medo Rafael. — solta o ar pesado que prendia em seu peito. — O amor machuca, dói, te rasga o peito, eu não sei lidar com a dor.
— Pô, te mandei o papo de que se tu fechasse comigo eu iria fechar contigo, aqui é reciprocidade até o fim tá ligado? Sou sujeito homem, sei como tratar uma mulher, então tu só precisa confiar em mim sacou?
— Eu confio.
— Então tu não precisa ter medo não pô. — sorrio.
— Se tu me machucar, eu juro que corto seu pau fora. — fala séria e eu gargalho.
— Tu não vive sem ele, loira.
— Idiota. — sorri de lado. — Poderia fazer uma massagem em mim né?
— Com a língua? — sorrio malicioso.
— Não seria uma má ideia. — beija meu pescoço e eu me arrepio todo com o ato.
— Vem, vou te lavar pra um lugar. — lhe dou um selinho e levanto da mureta.
Solange faz o mesmo que eu e entrelaça nossas mãos, caminho com ela até a garagem e entramos no meu carro.
— Pra onde a gente vai? — pergunta curiosa e eu sorrio de lado.
— Tu vai ver. — ela bufa e eu gargalho. — Relaxa linda.
Espero o portão da garagem se abrir para enfim, dar partida no carro e sair com o mesmo, subindo o morro acima até parar em frente a uma casa com a reforma quase acabada.
— Bora entrar aí. — falo saindo do carro e ela faz o mesmo que eu.
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Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...