Capítulo 11

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R A F A E L  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Tu viu a mina nua? — LP pergunta e eu assinto dando uma tragada no beck. — Gostosa?

— Porra, do jeitinho que o diabo gosta, pena que é uma insuportável.

— É nessas horas que eu queria ser você. — gargalho. — Tá ouvindo os boatos por aí?

— Não. — nego com a cabeça. — Qual é a fofoca do dia?

— Que a Natascha é sua fiel.

— Quem espalhou essa merda ai?

— Sei lá, só sei que tá todo mundo comentando isso aí. — da de ombros. — Principalmente depois do teu comentário na foto dela. — nego com a cabeça.

— Fiel, essa é boa.

— Aí Russo para de fofoca e vai resolver o rolo da boca da rua dez, sumiu cinco mil de lá, te vira pra achar o filha da puta que fez isso. — bufo irritado encarando meu pai. — Bufa não moleque, falta pouco pra tu virar o dono, tem que aprender a assumir os b.o porra.

— Bora comigo lá LP. — apago o beck e o guardo no bolso pra terminar de fumar mais tarde.

Pego a minha pistola sobre a mesinha e coloco ela na minha cintura, pego o capacete e coloco o mesmo saindo da boca principal, monto na minha moto e pico com ela dali pra boca da rua dez, LP vem logo atrás de mim, chegamos lá e eu já fui logo botando moral em todo mundo.

— Quem é o filho da puta que toma conta daqui? — pergunto puto e o Titto ergue a mão. — Como é que tu foi deixar isso acontecer caralho?

— Desculpa aí chefe, precisei ajudar os cara da boca cinco e eu deixei o Maninho tomar conta, quando voltei o filho da puta tinha pegado cinco mil. — bufa estressado, passando a mão pelos cabelos.

— Onde esse puto mora?

— Mora lá perto da quadra chefe, uma casa branca com o portão de grade. — um outro menor fala.

— Jaé, vou resolver isso e você Titto, a partir de hoje não some mais dessa boca pra ajudar ninguém, e coloca umas câmeras aqui pra gente ficar ciente da próxima vez, mas eu espero que não tenha uma próxima vez. — digo e o mesmo assente, monto na minha moto novamente e acelero ela até a casa do tal Maninho.

(...)

Paro com a moto em frente a casa do cara, desço da mesma e já vou logo entrando pra dentro sem nem ao menos chamar, quando o filho da puta me vê já se tremeu todo na base me olhando com cara de assustado.

— Acho que tu tem uma coisa que me pertence. — digo simples, o mesmo ameaça a correr e eu pego minha arma na cintura destravando a mesma e apontando para ele, que parou no lugar na hora. — Vai fugir não porra.

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