Capítulo 109

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Y A S M I N G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
2 semanas depois.

— Yasmin..

— Eu não estou grávida, merda! — corto a fala da Solange antes de tornar a vomitar na privada.

— Amiga, tudo bem, mas é melhor você ir ao médico.. só pra ter certeza de que está tudo bem com você! — Emma fala.

— Eu estou ótima gente, não preciso ir ao médico. — ouço a risada sarcástica da Solange, reviro os olhos.

— Porra Yasmin, você está assim a três, TRÊS semanas e vem nos dizer que está ótima? Você vai ao médico sim!

— Você são muito dramáticas. — me levanto do chão e vou em direção a pia.

— Nos preocupamos com você, não é drama.

— Por favor Yasmin, você faz enfermagem tem que dar exemplo! — reviro os olhos diante da fala da loira.

— Se eu for, vocês param de encher meu saco? — as duas assentem satisfeitas, jogo uma água no rosto pra ver se esse mal estar saia de mim.

— Vou preparar algo pra você comer. — diz, saindo do banheiro.

Olho pelo espelho e vejo Solange me encarando de braços cruzados, me viro para a mesma.

— Você sabe que todos os seus sintomas são de gravidez né? — assinto. — Então para de fugir e vai logo ver se tem um baby ai.

Engulo em seco.

— Eu não posso estar grávida Sol.. — falo com a voz embargada e sinto o choro preso na minha garganta. — As coisas estão tão instáveis, Titto está marcado pelo meu irmão e isso está deixando ele bem estressado.

— Vou falar com o Rafael..

— Não! Vocês vão brigar e não quero isso, vou no médico com os dedos cruzados para que eu não esteja grávida. — suspiro fundo engolindo o choro.

— Vou marcar uma consulta pra você no hospital que minha tia Alice trabalha ok? — assinto. — Eu vou junto, você não está sozinha nessa amiga. — sorrio e a abraço apertado.

— Obrigada Sol.

— O que tá pegando, morena?

— Vou deixar vocês conversarem, seja sincera tudo bem? — sussurra e eu assinto, observo ela sair do banheiro me deixando a sós com o Titto.

— Felippe.. — hesito e ele se aproxima me puxando para os seus braços.

— Tá grávida né?

— Eu não tenho certeza, mas..

— Vamos dar um jeito amor, a gente vacilou muito transando sem camisinha.

— Mas as coisas não estão estáveis Felippe, tem o lance do meu irmão..

— Ei. — ergue meu rosto com as mãos. — Não vou deixar esse b.o ficar entre nós dois tá ligado? Eu e você contra o mundo, lembra? — assinto e ele beija meus lábios suavemente.

Eu amo crianças, mas ser mãe não está nos meus planos agora, não mesmo!

— Eu te amo. — sussurro.

— Já to até pensando nos nomes. — dou um tapa em seu braço.

— Para de graça. — ele gargalha e eu sorrio. — Vai querer ir no pagode que tá rolando na casa do meu pai?

— Teu pai pediu pra eu comparecer, não posso fazer desfeita do sogrão né!?

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