Capítulo 13

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S O L A N G E  A G U I R R E

Cidade de Deus. Rio de Janeiro.

— Caralho Sol, puxa mais devagar esse pelo ai. — resmunga e eu rio.

Tia Rita saiu com o Digão e disse que não tinham hora pra voltar, Russo? Não me interessa saber onde ele está, Yasmin está deitada no meu colo enquanto eu faço a sua sobrancelha, que reclama a cada pelo que eu puxo com a pinça.

— Se eu tirar com delicadeza ficamos aqui até amanhã minha filha. — puxo outro pelo e a Yasmin faz uma careta.

— Só tem a carinha de princesa mesmo, tu é delicada igual um coice de cavalo. — gargalho da sua comparação. — Gostei de você Sol, principalmente por ter colocado meu irmão na reta.

— Eu não coloquei seu irmão na reta. — suspiro. — Sinto que ainda vamos brigar muito.

— Russo costuma ser sem noção as vezes..

— As vezes? — arqueio a sobrancelha para ela.

— Sempre. — ela ri. — Mas diferente de você, ele realmente só quer manter a pose de fodão.

— Ele me tira do sério, até mais do que o meu pai tirava quando eu morava na Califórnia, isso que eu estou aqui só a três dias.

— Rafael não é fácil de lidar, mas você também não deixa de retrucar uma alfinetada que ele da em você.

— O nome dele é Rafael? — ela assente.

— Ele odeia ser chamado pelo nome. — um sorriso se forma em meus lábios. — Pelo amor de Deus Sol, ai é pedir pra incorporar o capeta. — gargalho de novo.

Tendo a Yas como amiga ameniza a minha saudade da Candace e da Emma, estou adorando me dar bem com ela. Seu celular toca indicando que alguma mensagem havia chegada, ela rapidamente se senta na cama ou ler o nome do LP no ecrã do celular.

— Então você e o LP estão juntos? — ela nega. — Rolo complicado? — ela suspira.

— Preciso ir me resolver com ele, depois eu te explico a história toda. — pula da cama. — Vai ficar bem sozinha? — assinto.

(...)

Já estava a noite e nada de ninguém aparecer, como eu estava sozinha, depois que tomei um banho fiquei apenas de calcinha e uma camisa até a cintura, desço para a cozinha pra ver se tinha algo pra comer, a única coisa que sei fazer é fritar ovo então era exatamente isso que eu estava fazendo, quando sinto um corpo se chocar com o meu, me fazendo assustar e acabar derrubando o óleo quente em mim.

— Puta que pariu. — murmuro e solto um gemido de dor.

— Não queria te assustar. — solto uma risada frouxa. — Tu se machucou? — me viro de frente pra ele.

— Não não, o óleo quente só caiu em mim, mas tá suave. — debocho, o mesmo revira os olhos.

— Tu não é fácil em garota..

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