Capítulo 15

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Y A S M I N G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Yas, espera. — tenta me puxar pelo braço.

— Me solta porra. — peço irritada. — Você tem noção de como você foi um macho escroto? — encaro Luís com os olhos cheios de lágrimas.

— Era isso que eu não queria caralho. — passou a mão pelos cabelos. — Te fazer chorar. — dou uma risada seca.

— Sério que você achou que se transasse comigo e minutos depois acabasse com tudo, não iria me fazer ficar mal? — ele permanece em silêncio e eu nego com a cabeça. — Você é um idiota Luís Pedro, um idiota. — indago chateada.

Giro os meus pés saindo dali o mais rápido possível, eu sou mesmo uma trouxa por ter achado que ele mudaria por mim, a realidade é que eu nunca quis aceitar esse jeito desapegado do Luís sempre botei fé que iríamos ter algo algum dia, e eu simplesmente tomei no cu bonito.

Já era tarde da noite, e eu estava tão atordoada e chateada com o que acabou de acontecer que nem me importei em sair andando sozinha pelo morro até a minha casa.

— Luís Pedro não te merece Yasmin, coloca isso na sua cabeça, ele não te merece. — meu subconsciente dizia.

— Ai morena. — continuo andando. — Para de marra. — sinto meu braço ser puxado.

— Que marra o que, tá pensando que é quem? — puxo meu braço de volta com brutalidade.

— Vou te levar pra casa, não é bom tu andar sozinha por aí não. — arqueio a sobrancelha. — Relaxa pô, trabalho pro teu pai. — o mesmo me analisa. — Tu tava chorando?

— Quem é você? — cruzo os braços mudando de assunto.

— Titto, bora ai eu te acompanho.

— Não precisa, quero ficar sozinha. — o mesmo nega com a cabeça e me puxa pelo braço indo até sua moto.

— Teu pai me mata se algo acontecer contigo e ele souber que tinha como eu ter te protegido, então para de graça e monta nessa moto comigo. — diz calmo e eu reviro os olhos concordando com ele.

(...)

— Obrigada pela carona e a preocupação Titto. — sorrio fraco lhe entregando o capacete.

— De boa pô, se cuida aí morena. — acelera sua moto e mete o pé, entro em casa e estava o maior silêncio.

— Tava a onde? — fala me fazendo gritar de susto. — Tá em choque?

— Não enche meu saco Rafael. — peço sério e subo as escadas indo para o meu quarto.

Me deito na cama e as lágrimas novamente insistem em cair, como eu pude ser tão cega e trouxa?

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