Capítulo 101

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Y A S M I N G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Olha aqui Rafael..

— Rafael é o caralho Yasmin, te quero longe dele, será que não percebe que ele tá vacilando porra?

Respiro fundo tentando manter a calma.

— Não me meta no meio disso Russo, se tu prefere apostar sua confiança no Juninho que está aqui a menos de um ano do que no Felippe que tu conhece desde pequeno, o problema é seu! Agora não venha querer se meter no meu relacionamento não, porque a única prova de que você tem contra o Felippe é apenas a voz do Juninho, não é nada comprovado. Eu te amo, mas tu tá sendo um puta de um otario e vai ouvir muito um "eu avisei" futuramente.

— Deixa o pai descobrir..

— Te garanto que quem vai ouvir merda vai ser você, não eu. — falo caminhando até o meu quarto.

Conviver com o meu irmão a partir de agora, não vai ser nada fácil e eu não estou afim de discutir a cada cinco minutos que nos esbarrarmos aqui na casa do meu pai. Pego uma mochila que tinha no meu quarto e começo a juntar minhas coisas mais essenciais dentro dela, o resto deixo para pegar outro dia.

Pego o carregador do meu celular e ajeito a mochila nas minhas costas, saindo do meu quarto dando de cara com o meu pai e Rita.

— Tá indo com essa mala aí? — meu pai franze o cenho me encarando.

— Vou morar com o Felippe.

— Vai pedir permissão não? To valendo nada mermo em.

— Pai. — reviro os olhos. — Já tenho vinte anos, tu sabe disso né?

— To sabendo da confusão. — suspiro fundo. — Vou trocar uma ideia com teu irmão, tá agindo muito pelo pessoal.

— Sol e o Russo brigaram também?

— Sim Rita, a bichinha tá brava.

— Toma cuidado em. — me puxa para um abraço. — Qualquer dia traz ele ai, ainda não tive a oportunidade de trocar uma ideia com ele de sogro pra genro. — sorrio.

— Tenho até medo dessa conversa, agora eu vou indo, ele está me esperando lá fora.

Me despeço do meu pai e da Rita, desço as escadas onde encontro Rafael e Solange sentados no sofá sem olhar para a cara um do outro.

— Onde tu vai? — pergunta quando passo por eles e eu o ignoro. — To falando contigo..

— Deixa a tua irmã em paz caralho, tá ficando chato isso já Rafael, então chega. — diz brava e vejo meu irmão engolir em seco.

Sol eu te amo!

— Demorou em. — Titto fala assim que me aproximo dele, sorrio e selo nossos lábios com urgência.

— Eu te amo. — grudo nossas testa. — To contigo até o fim.

— Eu te amo morena. — sorri bobo. — Aconteceu alguma coisa lá dentro? — nego com a cabeça mesmo sabendo que isso é mentira, só não quero deixar ele para baixo com toda essa situação.

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