Capítulo 6

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S O L A N G E A G U I R R E

Ilha do Governador, Rio de Janeiro.

— Oi, eu sou a Sol, sobrinha da Rita. — sorrio amigavelmente para o cara tatuado e a mulher morena que estava ao seu lado.

— Sou a Yasmin, mas pode me chamar de Yas. — sorri me abraçando.

— E você é o?

— O idiota do meu irmão. — o moço tatuado revira os olhos e me encara.

— Satisfação, Russo. — estende sua mão para mim e eu retribuo o comprimento.

Um choque percorre por todo o meu corpo assim que sinto o contato da sua pele com a minha.

— Mulher, tu trouxe coisa em. — olha para as malas que eu carregava e eu gargalho.

— Não sei quanto tempo vou ficar, preferi me previnir. — dou de ombros.

— Será que tem como as donzelas papearem no carro? To cheio de bagulho pra fazer. — reviro os olhos com a sua ignorância.

Sigo os dois e quando nos aproximamos do carro, avisto um outro cara encostado no mesmo fumando um baseado, meu corpo pede por uma tragada.

— É essa aí? — me olha de cima a baixo e eu franzo o cenho. — Satisfação, Luís Pedro, mas pode me chamar de LP. — sorri de lado.

— Prazer LP, sou a Sol. — estico minha mão para o mesmo e sou surpreendida quando ele me puxa pela cintura e deposita um beijo na minha bochecha. — Posso? — aponto para o cigarro de maconha em sua mão e o mesmo assente parecendo surpreso.

Levo o beck até a boca e dou uma tragada soltando a fumaça em seguida, observo Russo negar com a cabeça, LP apaga o beck e me ajuda a por as malas no carro, entro no mesmo sentando no banco de trás ao lado da Yas e o LP vai ao lado do Russo, no banco do carona.

(...)

Já faz uma hora que estamos parados no engarrafamento, isso de fato está deixando todo mundo irritado, principalmente o Russo.

— Eai loira, tá vindo morar no Rio por que? — Luís vira para trás, me encarando.

— Fiz coisas que não agradaram meu pai.

— Tipo? — Yasmin pergunta curiosa.

— Tenho tatuagens, fumo um, faltava da faculdade pra ficar chapada com um cara que meu pai odiava. — digo simples.

Russo gargalha e eu fico sem entender, até ele resolver abrir a boca pra falar merda.

— Com essa carinha de princesa e faz tudo isso? Aposto que faz pra chamar atenção ou pagar de fodona.

— Você não me conhece Russo, então acho bom você ficar pianinho na sua antes de falar merda pra mim. — dito isso coloco os meus fones no ouvido e aumento o volume no último ao som de Froid.

Chato pra um caralho, to vendo que a minha vinda para o Brasil já não está sendo tão agradável assim.

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