Capítulo 67

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L U Í S  P E D R O  M E L L O

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Sinto a cama afundar ao meu lado, abro os olhos com dificuldade por conta do sono e me deparo com a Emma deitada ao meu lado.

— Não queria te acordar. — diz baixo suspirando.

— Mec pô. — falo sonolento. — Teve pesadelo de novo? — ela assente.

— Eu não aguento mais Luís. — sua voz sai embargada. — Eu queria esquecer tudo o que aconteceu, mas toda vez que deito a cabeça no travesseiro, aquela cena vem a tona e eu estou cansada disso.

— Vai ficar tudo bem Emma. — a puxo para deitar em meu peito, ela passa seus braços pequenos em volta do meu corpo.

— Desculpa. — sua voz sai em um tom de sussurro, acaricio seus fios escuros e macios.

— Pelo o que?

— Por te acordar de madrugada, tirar o seu sono, por invadir sua privacidade morando aqui contigo. — sorrio de lado.

— Tu não invade minha privacidade Emma, relaxa.

— Eu sinto que as vezes estou te incomodando.

— Tu não me incomoda Emma, nunca. — ela ergue o seu rosto sustentando nossos olhares.

Desço com os olhos para a sua boca e mordo meus lábios, estou louco pra beijar ela e não é de hoje essa vontade. Emma aproxima seu rosto do meu deixando nossas bocas bem próximas uma da outra, meu coração acelera com o que está prestes a acontecer, fecho os olhos no automático assim que sinto seus lábios tocarem os meus e um choque percorre pelo meu corpo arrepiando cada pelo do mesmo, sua língua pede espaço para adentrar a minha boca e eu cedo sem hesitar, seus lábios sãos macios e nossas bocas se encaixaram perfeitamente de uma mentira surreal.

— Uou. — diz ofegante quando cessamos o beijo por falta de ar, um sorriso surge em meus lábios. — O que foi? — suas bochechas coram me fazendo sorrir ainda mais.

— Tu beija bem demais pô, eu imaginava que era bom, mas não que fosse tanto assim. — ela sorri tímida. — Tu fica linda tímida assim sabia?

— Você está me deixando com vergonha. — afunda seu rosto no meu pescoço e eu gargalho.

— Para com isso pô, vem cá, deixa eu sentir o gosto do seu beijo de novo. — ela me encara e sorri.

Selo nossos lábios novamente em um beijo calmo, sem pressa, acaricio sua cintura levemente com a minha mão e ela parece não se importar com isso, Emma morde meu lábio inferior e finaliza o beijo com três selinhos.

— Boa noite, Luís. — deita sobre o meu peito.

— Boa noite, linda.

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