Sublime Amor [M] ✓

Capítulo 89

S O L A N G E  A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.
Dia seguinte.

— Loira, acorda. — sinto os beijos de Russo no meu pescoço e eu resmungo. — Vai loira, preparei um café no talento pra nós. — abro os olhos na hora com um sorriso nos lábios. — Esfomeada do caralho. — nega com a cabeça e eu gargalho.

— Bom dia, baby. — dou um selinho em seus lábios.

— Bom dia, linda. — sorri. — Peguei umas roupas suas na casa do meu pai, pode tomar um banho se quiser, vou te esperar lá na cozinha. — assinto e o observo sair do quarto.

Cenas da noite anterior vem em mente e eu não consigo conter o riso de felicidade, escuto o toque do meu celular e procuro o mesmo pelo quarto do Russo, quando vejo as mensagens da minha irmã não penso duas vezes em ligar para ela.

Início de ligação.
— Do que você tá falando? — pergunto assim que ela atende.
— Já tem um mês que as coisas não adam fáceis aqui em casa Sol. — ouço minha irmã suspirar. — Papai e mamãe vivem brigando, e sempre pelo mesmo motivo. — indaga.
— Qual motivo Cand?
— Você.
— Como assim eu?
— Eu não sei Sol, mas pelo o que eu entendi a mamãe não quer que você fique mais no Brasil e disse para o papai que se algo de ruim acontecesse com você, ela nunca o iria perdoar.
— Eu não posso ir embora. — respiro fundo. — Mamãe só deve estar com saudades e por isso fica fazendo essa pressão idiota no papai.
— Não sei Sol.. a briga deles pareciam séria e bem intensa.
— Não importa Cand, eu não posso voltar e nem quero.
— ANDA SOLANGE, TO COM FOME PORRA. — Russo grita me fazendo sorrir.
— Entendi o porque não quer voltar sua safada, está se permitindo amar senhora pela qual o amor não é para ela?
— Vai a merda. — gargalho. — Vou desligar Cand, beijos, eu te amo.
— Eu te amo chata.
Fim de ligação.

Tento não pensar em tudo que minha irmã me disse, acabei de me resolver com o Russo e eu não quero trazer preocupações para o nosso relacionamento logo de cara, faço um coque no cabelo e coloco uma camisa qualquer do Rafael que encontrei pelo quarto, desço as escadas e vou para a cozinha, sentindo aquele cheiro gostoso de café fresquinho.

— Desculpa, tava varado de fome. — fala mordendo seu misto quente.

— Depois fala que a esfomeada sou eu. — ele revira os olhos, me sento na mesa e me sirvo com café.

— Tomou banho? — nego. — E demorou por que?

— Estava conversando com a minha irmã. — dou de ombros passando a manteiga na torrada. — Você estava falando sério ontem?

— Sobre o que? — me encara.

— Em essa casa ser "nossa" agora.

— Claro pô, nós tá junto, tu faz parte de todos os meus planos agora. — sorrio largamente e dou um gole na minha xícara de café.

— Te fiz perder a postura de bandidão.

— E eu te fiz mudar seu conceito sobre o amor. — pisca.