Capítulo 47

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R A F A E L  G A R C I A

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

Não aguentava mais ficar preso dentro dessa porra de casa, enquanto todo mundo curte o bailão que EU planejei, a loira pode ficar puta quando me ver lá, mas to nem ligando, odeio ficar sozinho e o tédio me tira do sério.Faz meia hora que mandei mensagem pro puto do LP e esse filho da mãe ainda não apareceu aqui.

Ouço o som da buzina da sua moto, não morre nunca mais esse aí, pego meu celular e coloco o mesmo no bolso, aproveito e pego minha glock a pondo na cintura e saio pra rua.

— Vou pro baile. — encaro os mano que estava fazendo segurança da minha casa. — Qualquer coisa da um toque no LP. — eles assentem.

Caminho até o Luís, pegando o capacete da sua mão e colocando logo em seguida, monto na garupa e LP acelera até a quadra onde estava rolando o baile.

(...)

— Solange vai surtar cara. — comenta enquanto caminhávamos para a entrada da quadra.

— Problema dela tio. — dou de ombros.

— E o lance de vocês? É só sexo mesmo? — assinto. — Isso vai dar uma merda, algum dos dois vai acabar surtando. — arqueio a sobrancelha.

— Vai nada pô, já admiti que estou na dela e ela mesmo assim insiste nessa de não querer nada sério.

— Então tu quer algo sério com a loira? — me zoa e dou um sorriso de lado.

Mas fecho a cara assim que vejo Solange de graça com um menor, tento não deixar meu ciúme e minha raiva estampado, mas tá quase impossível de controlar vendo essa cena patética.

— Tem um verde aí?. — desvio meu olhar para LP.

Que estava na mesma situação que eu com uma cara de cu vendo Yas e Titto se pegando, maluco foi burro também quando ela queria não deu valor, agora fica com essa de ciúme.

Bicho burro do caralho.

— Se a Solange ver que eu to te dando droga, ela mata tu e eu parceiro, quero problema pro meu lado não.

— Para de ser medroso LP. — falo sem muita paciência. — Acende logo essa porra, saudade da brisa do verdinho. — ele balança a cabeça em negação.

Mas faz o que eu peço, acende o beck dando uma tragada primeiro e depois passa para mim, antes que eu pudesse levar até a boca a loira chega surtando e tira o baseado da minha mão.

— Tá maluco porra? — pergunta irritada e eu reviro os olhos. — E quem mandou tu vir pra cá em?

— Pega a visão loira, ninguém manda em mim não. — retiro o beck da sua mão e levo até a boca com rapidez, dando uma tragada.

Ela cruza os braços cheia de marra.

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