S O L A N G E A G U I R R E
Morro do Dendê, Rio de Janeiro.
Horas antes.— Solange eu vim.. — Thiago freia os pés assim que me vê. — Porra, tu tá branca que nem um papel tio. — caminha até mim rapidamente.
— Eu to bem. — sorrio fraco, mas acabo soltando um gemido de dor.
Meu corpo todo doía, sem contar que eu podia sentir a temperatura dele altíssima, sinto o toque de Thiago no meu rosto.
— Tu tá queimando em febre caralho. — fala nervoso. — A quanto tempo tu tá se sentindo assim? — fico em silêncio. — Solange!
— Depois do almoço. — falo baixo por conta da dor, eu estava deitada na cama encolhida.
Thiago envolve seus braços no meu corpo e eu não reclamo, não estava em condições para o xingar e mandar ele ficar longe de mim, o mesmo caminha comigo até o banheiro.
— Toma um banho gelado, vou comprar alguns remédios para você. — diz enquanto me coloca no chão. — Consegue sozinha?
— Acho que sim. — sussurro, Thiago assente e sai do banheiro.
Tiro minhas roupas com dificuldade e ligo o registro do chuveiro na água gelada, deixo a mesma cair sobre o meu corpo me causando arrepios. Sinto uma pontada forte na barriga e logo meu estômago embrulha, e eu vomito ali mesmo, enquanto tomava um banho.
— Céus será que estou grávida? — pergunto como se alguém fosse me responder. — Impossível, minha menstruação nem atrasada está, para de neurose Solange.
Fico embaixo da água até o mal estar passar, coloco na minha cabeça que estou assim por conta de algo que comi, não pela possibilidade de estar gerando uma vida. Esse não é um momento certo para estar grávida, não mesmo, olha a situação que eu me encontro, caralho.
— Solange, tá tudo bem aí?
— Sim.
— Tem remédios encima cama e eu comprei um teste de gravidez para você. — engulo em seco, permaneço em silêncio. — Por favor, faça. — pede suspirando e escuto passos, indicando que ele estava se afastando.
Desligo o chuveiro e me seco, saio do banheiro enrolada na toalha e isso me faz lembrar do Rafael.
Suspiro, porque a saudade dele é enorme.
(...)
Me desperto do sono assustada, com os sons de tiros que ouvia do lado de fora da casa, meu coração acelera e minha respiração fica ofegante, olho de relance para o teste que fiz mais cedo mas que ainda não tive coragem de ver o resultado, o que me deixa ainda mais aflita.
Se controla Sol, não surta.
Inspiro o ar e expiro o mesmo logo em seguida, tentando acalmar meus batimentos cardíacos. Clamo o nome de Rafael já com a voz trêmula e não obtenho respostas.
Temo pelo pior e meu coração se aperta.
O chamo mais uma vez e assim que ouço sua voz, meus músculos relaxam e eu saio do quarto vendo que o mesmo me encarava com o sorriso nos lábios, não pensei duas vezes em ir até os seus braços.
Nos beijávamos calmamente matando a saudade que estávamos dos lábios um do outro, finalizo o beijo com alguns selinhos e não consigo conter o sorriso ao ver que o mesmo estava bem ali na minha frente.
Olho de relance para a porta da entrada da casa e vejo um dos homens do Thiago, com uma arma apontada diretamente para o Russo, não tive tempo para pensar.
Apenas empurrei Rafael rapidamente para o lado assim que ouvi o click da arma, acertando o tiro em cheio no lado esquerdo da minha barriga.
A dor é insuportável, acabo caindo no chão com o impacto, com dificuldade para manter os olhos abertos consigo ver Rafael matar o cara com tiros incontáveis e vir rapidamente até mim.
— Solange. — sua voz sai trêmula e distante, sinto meus olhos pesarem. — Tenta ficar de olhos abertos por favor.. — pede.
— Eu te amo. — sussurro com dificuldade antes de apagar por completo.
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Sublime Amor [M] ✓
RomanceSolange Aguirre, uma bela moça no auge dos seus vinte anos que ama a liberdade e adora quebrar todos os tabus impostos por seu pai, que devido aos seus atos rebeldes tem como consequência, morar com a sua tia no Brasil. Onde é obrigada a viver uma r...