Capítulo 44

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S O L A N G E  A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Ele disse que tá gamadinho em você? — pergunta rindo e eu assinto. — Coitadinho do meu irmão, vai sofrer na sua mão. — nega com a cabeça e eu lhe dou um tapa na perna. — Aí sua vaca.

— Ele não vai sofrer na minha mão Yas, se ele sofrer é por pura responsabilidade dele, eu já deixei claro que não quero envolvimento afetivo com ele e nem com nenhum outro cara. — dou de ombros.

— Eu to falando que você ainda vai quebrar a cara, com esse conceito bobo aí.

— Esse conceito serve para fazer o contrário, pra não deixar que eu quebre a cara.

— Ainda vou falar um "eu avisei". — reviro os olhos.

— E você e o Luís? Não tem volta mesmo? — mudo de assunto e ela nega. — Não gosta mais dele?

— Aí amiga, não sei. — ela suspira. — Estou muito próxima do Felippe. — franzo o cenho. — O Titto. — ela sorri.

— Vocês estão ficando né? — ela bufa frustrada. — O que foi?

— Ele é muito lerdo. — revira os olhos. — De início eu realmente estava de boa na minha, e ele não insistiu. Mas agora eu demonstro que quero e ele se faz de sonso, tá faltando eu beijar ele a força pra ele se tocar. — gargalho. — Para de rir Solange, eu to falando sério.

— Desculpa amiga. — peço rindo. — Será que ele não fica receoso por causa do LP?

— Eles não são amigos, o Titto tem mais intimidade com o meu irmão. — da de ombros. — Mas me conta, quando sua amiga Emília vem?

— Emília?

— Aquela lá, que vai passar uns tempos aqui.

— O nome dela é Emma. — rio. — Acho que ela vem na semana que vem, aliás tenho que conversar com o Luís sobre isso.

— Por que com o Luís?

— Não quero abusar da bondade do seu pai. — sorrio fraco. — Vou perguntar pro LP se ela pode ficar na casa dele.

— Luís jamais negaria uma boceta de graça na casa dele. — revira os olhos e eu a repreendo com o olhar. — O que foi?

— Minha amiga não é dessas Yasmin. — falo seca e ela da de ombros. — O Luís pode ser cachorro, mas isso não significa que toda mulher vai se jogar pra cima dele com facilidade, você não sabe o por qual motivo ela está vindo para o Brasil.

— Desculpa ai, eu só fiz um comentário. — ergue as mãos para cima em sinal redenção.
— Extremamente desnecessário.

Sinto meu celular vibrar no meu bolso, pego o mesmo e olho o ecrã, sorrio ao ver que era uma mensagem do Russo dizendo "to com saudades, vem me dar uma atenção".

— E esse sorrisinho aí em? — empurra meu ombro. — Aposto que é o meu irmão. — gargalha e eu reviro os olhos rindo.

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