Capítulo 96

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S O L A N G E A G U I R R E

Cidade de Deus, Rio de Janeiro.

— Emma, por favor, se acalma. — peço enquanto minha amiga não parava de soluçar.

Eu já estava ficando nervosa com toda essa situação, nunca a vi desse jeito, tão desestabilizada a ponto de sentir falta de ar e dores no peito, devido a uma crise de ansiedade. Suspiro aliviada quando vejo os meninos entrarem pela porta da sala, Luís imediatamente vem até a Emma que se solta de mim e o abraça com força.

— Está tudo bem linda, estou aqui contigo agora.

— O que aconteceu..

— Esquece isso Emma, não importa. — suspira fundo. — encaro o Russo, que assente para mim e eu já entendo na hora qual foi o fim do Matthew.

— Você consegue sozinho? — LP assente, levanto do sofá e antes de caminhar até o Russo, dou um beijo na testa de Emma que sorri amarelo para mim.

— Qualquer coisa tu dá um toque LP. — Russo fala.

— Jaé.

Rafael estende sua mão para mim e eu a seguro, saímos da casa e fomos em direção ao seu carro.

— Podemos dormir na nossa casa hoje? — ele assente, dando partida no carro.

— Tá com fome? — nego e ele suspira. — Tá tudo bem loira?

— Me sinto culpada, eu me envolvi com ele e acabei fazendo ele conhecer a Emma, nada disso teria..

— Loira, a culpa não é tua não pô. — acaricia minha coxa com a mão livre. — Te conhecendo ou não, ele poderia ter feito isso do mesmo jeito, não se sinta culpada fecho? — assinto dando um meio sorriso para ele.

Chegamos na nossa casa rapidinho, nossa casa, é tão estranho falar isso.

Esperei Russo entrar com o carro na garagem e saímos do mesmo, estava sem apetite então subo para o quarto me jogando na cama, Russo me acompanhou e ficou agarradinho comigo fazendo cafuné em mim até eu pegar no sono.

(...)

— Tem certeza que não quer que eu te leve Sol, já está tarde.

— Não quero incomodar Elda, o caminho de onde eu moro é o oposto da sua casa. — falo enquanto termino de fechar o caixa da loja.

— Você sabe que não incomoda Sol.

— Sério Elda, não precisa se preocupar, vou pedir para o meu namorado vir me buscar. — minto, eu de fato não quero incomodar minha chefe e hoje lá no morro está conturbado o movimento, terei que ir de uber.

— Tudo bem então. — suspira rendida e eu lhe dou um sorriso.

Terminamos de fechar a loja e nos despedimos com dois beijinhos no rosto, ele segue para o estacionamento do shopping e eu para fora dele, vou andando lentamente enquanto pedia um uber pelo aplicativo. Tenho a sensação de estar sendo seguida, viro para trás e não vejo ninguém, volto minha atenção para o celular.

Sinto meus olhos pesarem assim que um cheiro invade minhas narinas, meu corpo fica mole de imediato e sou carregada no colo até um carro preto com os vidros escuros, onde sou jogada bruscamente no banco de trás, e então, eu apago.

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