Capítulo 161

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Y A S M I N G A R C I A

Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

— Pra onde estamos indo? A Upa não fica pra esse lado. — gemo de dor.

— Vamos te levar pra um hospital particular, melhor. — Russo me encara de relance pelo retrovisor do carro.

— Meu Deus. — faço uma careta ao sentir uma outra contração. — Isso dói pra um caralho.

— Vamos demorar muito pra chegar? — pergunta nervoso e eu sorrio fraco.

Felippe é um frouxo, to até vendo durante o parto esse dai cair durinho quando me ver fazer força para a Mika nascer.

Assim que Russo estaciona o carro em frente ao hospital, Felippe desce rapidamente para me ajudar, me apoio nele e antes de adentrarmos sinto uma contração forte que me faz frear os pés.

— Puta que pariu. — murmuro.

— Tudo bem?

— Acabei de ter uma contração, tá tudo bem sim viu. — fala sarcástica e Felippe nega com a cabeça me puxando para dentro do hospital, nos guiando para a recepção.

— Moça, minha filha vai nascer. — a recepcionista ri da forma como ele fala e faz uma breve ligação.

Em instantes uma enfermeira vem até nós e me leva para a sala de preparação do parto, me deito na maca assim que termino de por a roupa que a enfermeira me deu.

— A médica já vem para fazer o toque tudo bem? Vai querer normal mesmo? — assinto e Felippe me encara assustado.

— Você disse que seria cesária.

— Mudei de ideia. — ele respira fundo. — Ei, vai dar.. — grito de dor.

— Que foi tio?

— Felippe, tá doendo demais. — gemo. — Chama a médica agora.

A cada segundo que passava a dor se tornava ainda mais insuportável, Felippe saiu do quarto e em instantes depois voltou acompanhado de uma médica e duas enfermeiras.

— Vou fazer o toque, tudo bem? — assinto. — Yasmin você já está com nove dedos de dilatação, presumo que daqui alguns segundos já chegará no décimo e podemos iniciar o parto ok? E papai. — encara o Felippe. — Aconselho a segurar a mão da sua mulher, a dor vai der forte.

Titto engole em seco e se não fosse pela dor que me consumia eu estaria rindo da cara de aflito dele.

— Dez dedos Yasmin, te peço que faça muita força. — assinto. — Preparada? — seguro na mão do Titto e assinto. — Pode começar a fazer força para mim Yasmin.

(...)

Já estou a dez minutos fazendo força e nada da Mikaele querer sair, olho de relance para o Titto que morde os lábios para abafar a dor que deve estar sentindo com os apertos que estou dando em sua mão.

— Yasmin, junta todas as suas forças querida, já estou vendo a cabeça do bebê. — respiro fundo.

Faço o que a médica pede, por um momento eu pensei que não iria aguentar o parto normal e que teríamos que partir para a cesária. Mas assim que juntei todas as forças que ainda restavam em mim, Mikaele saiu e o choro ardido do bebê escoou pelo quarto.

— Que menina linda. — diz e uma enfermeira vem para cortar o cordão umbilical.

Uma outra vem e enrola minha pequena Mika em um tipo de manto, e entrega a mesma para mim.

— Oi bebê. — digo chorando. — Esse frouxo aqui do meu lado, é o seu papai. — Mikaele sorri e eu olho de relance para o Felippe que chorava.

Melhor forma de se iniciar um ano novo, meu bem mais precioso nasceu fazendo com que esse dia seja um dos mais importantes da minha vida.

Sou grata pela família que construi.

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