Atenção: Este capítulo contém cenas impróprias para menores de 18 anos.
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Manon inclinou a cabeça para o lado, semicerrando os olhos. Pareceu gostar da resposta de Nestha. Algo a dizia isso.
A rainha recuou, embainhando Ceifadora do Vento com maestria. As duas haviam se aproximado desde o ocorrido dramático há um tempo, no antigo castelo da floresta. Por vezes, a rainha até a ajudava a treinar. A julgar pela sua postura insatisfeita, não tinha gostado nada de Nestha ter sido pega desprevenida.
Não baixe a guarda. Barulhos distraem para que a presa ataque, dissera a bruxa, certa vez.
Ela sabia que a fêmea estava certa, e se odiou por isso. Não deveria ter sido tão desatenta. Melhoraria sua guarda, ou não se chamava Nestha Archeron.
— Fomos informados que precisaria de ajuda — Manon retomou o assunto, observando o perímetro com a atenção de uma águia.
Ela deu a volta por Nestha e começou a seguir para Abraxos.
Nestha foi atrás, perguntando-se se ela trazia notícias de Cassian.
— Eu não precisava — manteve o orgulho, andando ao passo da bruxa.
Manon a olhou de cima a baixo com uma indiferença que Nestha sabia se tratar de uma fêmea que sempre precisou se mostrar forte. Que aguentou horrores e sobrevivera, como ela.
— Evidente que não — o tom jocoso fez a Grã-Feérica rir suavemente.
Abraxous emitiu um grunhido e se abaixou quando o alcançaram. Manon montou primeiro e Nestha ficou aliviada quando ela estendeu a mão. Estava exausta de andar. Exausta de muitas coisas, na verdade.
Alçaram voo imediatamente, a vontade de perguntar se ela sabia de Cassian fazia os ossos de seu corpo doerem tanto quanto o vento frio cortante. Sobrevoaram uma mata densa, adentrando cada vez mais nos confins da floresta onde o Senhor do Norte vivia. Pinheiros imensos e árvores tão antigas quanto Manon.
— Você atrapalhou meu casamento — a voz da bruxa cortou o vento.
Nestha endireitou a coluna.
— Seu... — segurou engasgo —...O que? Pelo amor dos antigos deuses.
— Pedi Dorian em casamento.
Aquilo era um...diálogo? A bruxa realmente puxava assunto com ela, conforme voavam mais próximas às copas das árvores.
— Achei que já iam casar — respondeu.
Nunca conseguiu manter diálogos normais com as pessoas. Amren era o mais próximo que poderia chamar de amiga, mas ainda assim, não tinham temas corriqueiros a tratar. Não como Manon tentava fazer no momento.
— Íamos — respondeu ela. Nestha tinha as mãos no entorno de sua cintura, e sentiu quando a fêmea contraiu o abdômen. — Mas eu quero agora. Muita coisa está acontecendo. Temos chances reais de perder. E não quero me arrepender de não ter feito isso.
A rainha-bruxa, que unificou os clãs, que virou a governante unitária, que ergueu exércitos e lutou em inúmeras batalhas, achava que eles tinham chances reais de perder.
Aquela guerra era diferente. Não era contra um macho raivoso sem motivações reais como o Rei de Hybern. Aquela guerra era contra um deus.
O deus sombrio, dono de criaturas que poderiam massacrar guerreiros destreinados em questão de segundos.
Ela afastou o pensamento, seguindo a conversa baixinho.
— Possui arrependimentos, Manon Bico Negro Crochan? — Era uma pergunta válida, depois de tudo o que sabia da fêmea.
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Corte de Fogo e Gelo
FanfictionE se Aelin Galathynius e cia visitassem a Corte Noturna? E se, após longos anos de desconhecimento e guerra em seus mundos, ambos descobrissem que habitam continentes no mesmo oceano? E se, em um belo dia, o tão aguardado encontro entre o mundo de T...