Capítulo 29- Segundo glorioso

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Obs.: Este capítulo contém cenas impróprias para menores de 18 anos.
***

Os pensamentos sumiram da porcaria da mente de Az.

Conforme seguia para aquele quarto.

Conforme via Fenrys entrar no banheiro.

Conforme o parceiro tirava a calça e deixava que deslizasse pelas pernas, cujos pelos loiros brilhavam na pele cor de bronze.

Conforme...observava a silhueta nua, os furadinhos ao fim da coluna, os músculos absurdamente definidos e tensos, pois ele sabia que Az o observava.

Cada célula de seu corpo ferveu.

Obrigou-se a seguir até o banheiro e parou bem na porta.

Esperando um convite? Não sabia dizer.

Não pressionaria Fenrys, tudo seria da forma como ele desejasse, mas Az se via incapaz de desviar o olhar e recuar. Completo e absolutamente incapaz.

Tudo se desfazia quando Fenrys estava diante dele.

O banheiro da casa era luxuoso, com piso de tabaco, uma pia de mármore com espelho a esquerda e um grande box de vidro, onde havia um chuveiro prata quadrangular e enorme, o suficiente para cobrir uma pessoa de água de uma só vez. O box acabava na imensa banheira de mármore, cuja água fervilhava, cobrindo o banheiro com um vapor suave. Dava para se entrar na banheira por fora do box também, onde três degraus de pedra de dispunham, saindo da parede como a própria o fazia.

Ele observou a pele cor de bronze, os cabelos dourados e ondulados por trás, caindo nas costas até a metade das omoplatas. Tão lindo. Mas Fenrys hesitou ao abrir a porta do box e entrar. Ele hesitou ao pressionar a mão no registro prata.

Ele hesitou.

***

Fenrys abriu a porta do box, ignorando o nervosismo que se acumulava dentro de si. Aquele era mais um passo que tinha que tomar. Que precisava e necessitava tomar.

Ciente de que Az o observava, ele abriu o chuveiro. O interior de mármore preto do box parecia ser feito de ônix de tão lustroso. A banheira à direita, com uma escada de acesso, estava cheia e saía um vapor perfumado de lavanda e eucalipto. Certamente aquela casa tinha vontade de própria. Não que ele não estivesse grato por isso.

Levou a mão e pausou sobre o registro. Era isso. Uma decisão.

Ele respirou fundo.

Sabia quem estava na soleira, assim como tinha deixado a porta do box aberta.

Seu parceiro, que tão pacientemente se disporia a sair dali se assim ele o pedisse.

Inclinando a cabeça um pouco para o lado, mas sem, de fato, olhar para Az, Fenrys disse:

— Vai ficar aí me olhando ou vai me acompanhar? — sua voz saiu um pouco rouca apesar do tom de provocação.

Por um momento, Az não se moveu. Fenrys ficou tenso, pensado que talvez ele não quisesse...

E, depois, ele não ouviu mais o mestre-espião. Tinha ido embora? Sem nenhuma palavra?

Foi, então, que sentiu. Sombras atrás dele, seguidos de uma presença forte, calorosa, nua.

O lobo prendeu o ar, especialmente quando Az, atrás dele, estendeu o braço e depositou a mão em cima da de Fenrys, girando para o lado e abrindo o chuveiro.

O fôlego entrecortado o inundou como o jato de água que começou a cair sobre sua cabeça, molhando-o instantaneamente.

Tentou manter os pés firmes no chão quando Az o envolveu por trás. Fenrys conseguiu sentir cada glorioso centímetro dele pressionando em sua bunda. A concentração se tornou algo difícil, especialmente quando a mão de Az subiu e desceu em seu tronco nu, devagar. O mestre-espião também baixou os lábios para a curva entre o pescoço e ombro de Fenrys e começou a beijá-lo lentamente, levando correntes de calor por suas veias já elétricas.

Corte de Fogo e GeloOnde histórias criam vida. Descubra agora