Obs.: Este capítulo contém cenas impróprias para menores de 18 anos.
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Dorian recostou-se na cabeceira da cama, encarando a luz do sol que entrava pela varanda um pouco a frente dele. No extremo oposto do quarto, havia uma lareira apagada e algumas poltronas e, bem ao lado, uma porta que levava ao banheiro. Manon estava lá dentro há um tempo. Não era para menos, visto que estava completamente suja de sangue goblin. Ele estava limpo, pronto para dormir. Passavam-se das oito da manhã e ele não poderia estar mais aceso, mesmo sabendo que precisava de descanso.
O quarto estava completamente banhado pela luz do sol, preferiram assim, depois da noite que tiveram. Assim que Bride os deixou naquela ponte e Helion contou de suas suspeitas, todos apenas concordaram de que nada adiantaria discutir aquilo estando exausto. Partiram para a Casa do Vento, em silêncio, todos eles. Até mesmo os Grã-Senhores ficariam lá naquele dia. Assim que estivessem recuperados, debateriam a respeito de Bride e a tal Pedra.
Ainda tinha dificuldade de digerir que estivera diante da Mãe dos feéricos. E que ela ameaçou a todos eles. Tudo que se passava na cabeça dele conforme pegava um livro na cabeceira, era "de novo não". Folheou as páginas cegamente, a luz da janela diante da cama era agradável e suave, o que possibilitava uma boa leitura. Talvez conseguisse esgotar sua ansiedade assim. Desejou que Chaol estivesse ali. A falta do amigo era grande, principalmente em momentos como aquele.
A mente de Dorian viajou conforme ele alcançava a página em que tinha parado a leitura. Passou os olhos por uma linha, depois outra, antes de tudo voltar a se desfazer na conversa que tivera com Manon durante o ataque. Apenas por pensar na possibilidade de ela dizer não, seu coração se espremia no peito. O rei de Adarlan deitou-se mais na cama, apoiando a cabeça no travesseiro e o livro em seu torso nu. Usava apenas um calção de seda. Seus pensamentos voltaram a traí-lo e, sempre que acontecia, se lembrava de que Manon o amava. Ela mesmo disse isso, do jeito dela. Não pensaria em sua resposta. Não por enquanto. Ou não conseguiria mesmo dormir. Deveria estar esgotado, mas estava elétrico, ainda sentindo o poder pulsar em suas veias.
Ouviu a tranca do banheiro e um segundo depois, Manon saiu, os cabelos molhados e bagunçados e um fino roupão. Era estranho, jamais vira a rainha usar um roupão antes, ainda mais um de seda escura. Ela começou a caminhar em direção a cama, Dorian, fingindo estar lendo, começou:
— O que você acha sobre... — ele parou no instante em que a bruxa se ateve ao pé da cama, diante dele, os olhos dourados estavam intensos e sérios conforme ela desfazia o laço do roupão.
Então, ela o abriu. Dorian parou de respirar, sentindo o fogo dentro dele vibrar. Ouviu um barulho de algo caindo no chão e percebeu que tinha sido seu livro. A noção de realidade pendeu na deusa diante dele. Manon deixou o roupão deslizar devagar pelos braços, em direção ao chão, os olhos dela estavam cravados nos dele. Ficou imediatamente com a boca seca, sangue sendo bombeado loucamente em direção ao seu membro conforme guardava cada segundo daquela visão na memória.
Ela usava uma lingerie. Azul safira, como os olhos dele. Os detalhes finos da renda eram a única coisa que o impedia de ver os bicos de seus seios eriçados, bem como sua parte íntima. O resto da peça era provocantemente pequena, ladeada em tule. Elásticos azuis lustrosos desciam do sutiã, contornando as curvas perfeitas daquela mulher linda. Sua cintura parecia ainda mais fina, contrastando equilibradamente a curvatura de seus quadris e o arqueado dos ossos nas laterais. Dorian passaria dias apenas adorando-a.
Gotículas de água caíam na pele branca da bruxa, a luz lá de fora refletindo-as, fazendo-as brilhar. Para terminar de desfazer o controle de Dorian, Manon deu uma volta bem devagar com o corpo. Mais uma vez, ele perdeu o ar e a força do desejo se tornou dolorosa em seu membro. Uma linha fina de renda adentrava na bunda redonda e deliciosa de Manon. Calor subiu quando ela se voltou para ele. Seus olhos inquisidores desceram até onde seu membro pulsava, volumoso e desejoso sob o calção. Ela mordeu seu carnudo lábio inferior com o dente. Uma luzinha de pensamento o clareou por alguns segundos.
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Corte de Fogo e Gelo
Fiksi PenggemarE se Aelin Galathynius e cia visitassem a Corte Noturna? E se, após longos anos de desconhecimento e guerra em seus mundos, ambos descobrissem que habitam continentes no mesmo oceano? E se, em um belo dia, o tão aguardado encontro entre o mundo de T...