Feyre ficou imóvel.
Ela observou Rowan e Rhysand, mantendo um contato visual mais do que assustador. Dois machos fortes e poderosos em uma conversa silenciosa. A Grã-Senhora deu um passo à frente, empertigada, mas gentil, e interrompeu o que deveria ser uma briga de ego entre machos, dizendo:
— Por favor, príncipe Rowan, diga a sua parceira e sua comitiva que tem a minha permissão para pousar — o tom de Feyre foi gentil e firme.
Rowan, bem devagar, desviou os olhos de Rhys e os depositou em Feyre, abrindo um sorriso agradável e lindo, e assentindo. Não fosse Rhys, o macho mais lindo de todos, Rowan certamente poderia ser considerado o mais lindo. Feyre o deixou com o segundo lugar de machos mais lindos da sua lista. Az e Cassian estavam na lista também.
Você tem uma lista? Colocou o forasteiro em segundo lugar? Ele acabou de chegar, protestou Rhys, como uma criança mimada, em sua mente. A faísca de ciúmes como um cãozinho sem dono em sua voz era impagável e Feyre teve vontade de rir e puxá-lo para um beijo ao mesmo tempo.
Bebê illyriano. Nós dois sabemos que você é o macho mais lindo do mundo inteiro, replicou Feyre, carinhosamente. Um grunhido de prazer correu pelo laço, fazendo o corpo dela estremecer.
Feyre observou enquanto Rowan fez sinal para que pousassem. A besta alada e cheia de cicatrizes foi a primeira. O amplo espaço da varanda pareceu pequeno quando ela pousou e Feyre notou, com interesse, que havia quatro passageiros em suas costas. O bicho emitiu um ruído agudo ao se abaixar. Os pés dos passageiros tocaram o chão, Feyre viu duas coroas reluzirem a pouca luz. Quando a besta tirou cabeça da frente e imediatamente levantou voo, Feyre observou seus passageiros, sem ar com a beleza de todos eles. Seus olhos primeiro pousaram na fêmea com cabelos brancos e olhos dourados reluzentes. Sua pele era branca e os lábios carnudos eram vermelhos como sangue. Ela não tinha orelhas pontiagudas, mas usava uma coroa, o que fez Feyre concluir que aquela era a Rainha das Bruxas. Sua coroa parecia ter sido retirada de nove estrelas, com núcleos cobalto, rubi e ametista, sobre uma simples faixa prateada. A mulher usava um vestido preto reto, de manga comprida, feito de veludo. Um broche prendia uma capa carmesim que se estendia atrás de si, até o chão. A rainha bruxa era infinitamente bela e parecia infinitamente letal. De braços dados com ela, estava um jovem homem, com traços bonitos e cabelos escuros como nanquim. Seus olhos pareciam puramente safiras, ladeados por grossos cílios pretos. Ele era mais alto que a rainha, esguio, e também possuía uma postura política, educada, agradável. Havia uma coroa no alto de sua cabeça. Uma gema quadrada de safira no centro de uma coroa de ouro branco toda entalhada. Ele trajava roupas e casaco azul meia-noite. Aquele então, presumiu Feyre, deveria ser Dorian Havilliard, Rei de Adarlan.
Ao lado dele, uma jovem delicada, cujos lábios tinham quase o formato de um coração. Ela tinha grossos cabelos pretos jogados para o lado em um penteado elegante. Usava um vestido de pano pesado, na cor roxo escuro, com uma delicada tiara cravejada com diamantes. Feyre reparou em seus traços humanos e nos olhos castanhos destemidos. Ao seu lado, um macho imponente, que fazia carícias curtas no dorso da mão da jovem. Ele era gigante e musculoso, bonito como um sonho sombrio, os cabelos pretos na altura dos ombros e penteados, olhos escuros selvagens e expressão de um guerreiro nada amigável. A julgar pelas roupas de requinte e a aliança que os dois usavam, eram casados. Uma humana e um macho feérico. Rhys deve ter pensado a mesma coisa, pois olhou para Feyre e assentiu discretamente.
A segunda besta pousou e foi quando Feyre viu a rainha de cabelos dourados. Ela era absolutamente deslumbrante. A parte da frente de seu cabelo também tinha sido preso para trás, com apenas duas longas e pesadas mechas nas laterais do rosto. Sua coroa dourada era de faixas retorcidas, como galhadas de um cervo, tecidas e erguidas em direção ao centro, onde sustentavam uma gema que parecia um rubi, mas ao mesmo tempo, não era. Ela tinha tons alaranjados também. A pele da rainha era como seda suavemente dourada, as bochechas eram acentuadas e as laterais do rosto, finas. Seus lábios se contorciam em um sorriso sensual e amistoso. E os olhos...eram do mais puro turquesa, como o Rio de Velaris, e possuíam uma coroa dourada ao redor da íris. Ela usava um vestido longo e esvoaçante, turquesa, com uma delicada capa de chiffon que descia de seus ombros até o chão. A frente do vestido era delicadamente bordada em dourado, como se o próprio ouro tivesse sido usado nele, conforme descia em faixas contínuas até a barra do vestido, puramente de pedras douradas brilhantes.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Corte de Fogo e Gelo
FanficE se Aelin Galathynius e cia visitassem a Corte Noturna? E se, após longos anos de desconhecimento e guerra em seus mundos, ambos descobrissem que habitam continentes no mesmo oceano? E se, em um belo dia, o tão aguardado encontro entre o mundo de T...