35. Capítulo 10 - Perseguindo Visões - 3ª parte.

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Capítulo 10 – Perseguindo Visões – 3ª parte


Genevieve


— O Capitão disse que você queria que nós fôssemos em missão especial novamente — eu mencionei enquanto April examinava a testa de Echo. Ela acenou com a cabeça enquanto se virava para vasculhar uma pequena caixa em um dos grandes baús, e puxando um par de tesouras e fórceps ela se voltou para Echo. — O que você está testando dessa vez?

— Eu queria tentar uma versão de uma vacina contra o tétano. Tenho minhas dúvidas sobre seu sucesso, mas quero ter certeza de que nós tentamos de tudo. — April cortou o primeiro dos pontos e, depois de prendê-lo com o fórceps, começou a retirá-lo. Eu espelhei o estremecimento de Echo e afastei meus olhos do procedimento. — Mas... Vai ter que ser na semana que vem. Ainda tenho que terminar a vacina.

— certo — eu concordei com a cabeça e olhei para ver uma aceitação semelhante no rosto de Blake. Provavelmente levaria pelo menos duas semanas até que o Segundo Pelotão voltasse. — Algum tipo específico que você quer que tragamos de volta?

— Não. — April balançou a cabeça em negação ao remover as últimas suturas de Echo. — Se nós chegarmos a algum lugar com o primeiro sujeito, vou pedir que tragam outro com um conjunto diferente de critérios. — Ela estava limpando a ferida quase curada de Echo com uma compressa embebida em álcool, quando parou e se virou para Blake e para mim. — Se você quiser ser específica, você pode me trazer o espécime mais complexo que você puder encontrar. Se formos bem-sucedidos com isso, imagino que nós seremos bem-sucedidos com um mais saudável. — Em seguida, ela se voltou para Echo com um sorriso calmante. — Sua ferida está cicatrizando bem. A cicatriz dificilmente será perceptível. — E então olhou de volta para nós, depois: — Além disso, tentem ser mais delicados. Da última vez, a coisa quase sangrou antes de terminarmos o teste.

Acenei novamente com a cabeça para mostrar que entendia e, por trás de April, pude ver as sobrancelhas de Echo franzidas.

— Você não está falando sério. — Ela deu uma risada incrivelmente seca, depois pulou da mesa, parecendo quase furiosa. — Isso é atribuição especial? Vamos pegar um Feral para vocês fazerem testes nele? — Ela balançou a cabeça e passou rapidamente por Blake e por mim, com raiva, abrindo a porta da cabine médica. — De jeito nenhum. Estou fora.

Eu permaneci ali por um segundo em completo choque, sem saber por que ela havia tido uma reação tão dramática. Então saí a correr pela porta atrás dela. Ela não tinha tido a oportunidade de escolher. — Ei! — Eu gritei, apressando-me para alcançá-la enquanto ela caminhava de volta na direção da minha barraca: — Para onde você acha que está indo?

Quando eu a alcancei, agarrei seu braço para impedi-la, no entanto, ela se virou instantaneamente e o afastou de minhas mãos. — Você é louca! — Gritou ela. — Você quer que eu vá com você para pegar um Biter e trazê-lo de volta para cá? — Olhei em volta preocupada, caso alguém estivesse perto o suficiente para ouvi-la gritar, porque nenhum dos cidadãos sabia. Ela entendeu e, felizmente, decidiu abaixar o tom de voz. — Você acha mesmo que tem cura? Essa é a coisa mais idiota que eu já ouvi. Vocês estão todos delirando. — Ela saiu furiosa sem olhar para trás.

Agora eu começava a ficar com raiva. Ela não só estava a exagerar e sendo irracional sem ouvir nossa opinião, mas também estava a insultar a única coisa pela qual todos nós tínhamos encontrado para viver. — Pare! — Eu ordenei, ao pegar e segurar seu braço novamente.

— Não tem cura! — Ela se virou para mim mais uma vez, dessa vez chegando ao ponto de me empurrar para trás. — Não estou arriscando minha vida por qualquer sonho estúpido que vocês, lunáticos, pensem que possam realizar.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora