67. Capítulo 22 - Defender-se em Suspense

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Capítulo 22 – Defender-se em Suspense – 1ª parte


Migraine de Twenty-One Pilots


Defender-se Em Suspense


Echo


A apenas um passo atrás de Genevieve na biblioteca escura, eu podia vê-la levantar a mão com o punho fechado. Eu sabia que esse era o sinal que significava 'pare', e quando me abstive de dar meu próximo passo, escutei tudo ficar em silêncio atrás de nós, também.

Essa era a primeira tarefa desse tipo em que estive com seu pelotão, entretanto, aparentemente procurar em bibliotecas livros que pudessem ajudá-los a encontrar uma cura se tratava de algo normal. Tínhamos entrado na biblioteca apenas um minuto antes, e ainda estávamos procurando por Ferais.

Genevieve deve ter avistado alguns, porque uma vez que todos nós paramos, ela olhou ao redor do corredor da estante ao lado. Depois de olhar para baixo, ela se virou e fez o sinal de mão para 'seis', e então tocou com a palma da mão na parte interna do outro pulso, gesto que significou 'inimigo', ou Ferais. Depois de erguer sua faca para indicar como matar os Ferais, ela apontou para Hunt, para Lee e para Powers, e fez um movimento para que eles se movessem para a extremidade oposta do corredor. Então ela apontou para Blake, para ela mesma e para mim e fez um gesto para que nós a seguíssemos. Eu a segui até o corredor, ouvindo as respirações roucas dos Ferais adormecidos antes que nossos fracos feixes de luz azulada os iluminassem.

O corredor era estreito, e os seis Ferais dormiam enrolados juntos, impossibilitando-nos de cercá-los. Quando chegamos lá, Genevieve inspirou profundamente, levantou o pé e o colocou devagar e silenciosamente bem no meio do grupo.

Eu não gostava do fato de que ela estivesse se colocando lá, no centro do perigo, onde qualquer um dos Ferais poderia virar a cabeça e afundar os dentes em sua perna, no entanto agora não era exatamente um bom momento para protestar.

Com ela no meio das criaturas adormecidas, nós estávamos cada um em perfeita posição para despachar um inimigo. Genevieve ergueu a mão mais uma vez, sua grande faca se mantinha firme na outra mão.

Ela ergueu um dedo, após isso dois, e logo depois de três cada um de nós caiu, mergulhou habilmente a enterrar facas nos Ferais de uma forma tão sincronizada, que era como se nós fizéssemos isso regularmente.

Eu não tinha certeza por que razão viemos a essa biblioteca, quando Genevieve havia me dito que eles já haviam pesquisado as prateleiras de lugares como Harvard. Estávamos em uma biblioteca de alguma minúscula faculdade de medicina no meio do nada, e eu não podia imaginar que tipo de livros estariam aqui que não estariam em um lugar como Harvard.

Por ser relativamente pequena, não demorou muito mais para limparmos esse e o segundo andar. Havia apenas mais um clã menor de Ferais, do qual cuidamos com a mesma facilidade.

Assim que nós tivemos certeza de que não havia mais ameaças, Genevieve se encostou no balcão do caixa, no centro do prédio, e fez sinal para que todos se aproximassem dela.

— Espalhem-se — ela instruiu de maneira calma. — Procurem qualquer livro que vocês achem que pode ser importante. Hatfield e Stackhouse, tranquem as portas. Vamos ficar aqui pela manhã, apenas certifiquem-se de que nós não seremos visíveis das janelas quando o sol aparecer.

Ela dispensou todo mundo, porém eu esperei com ela até que estivesse pronta para avançar. Quando Kellan passou com Garcia eu me inclinei propositalmente para que ele não me desse um tapinha maldoso no ombro, já acostumada a seus solavancos provocadores – era de se esperar que ele tivesse inventado uma maneira mais criativa de conseguir me irritar.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora