Capítulo 37 – Difícil de ser Suave – 1ª parte
Breathe por Cillo (Vocal Mix)
Difícil de Ser Suave
Genevieve
— É logo ali ao virar da esquina, senhora — comentou Powers de maneira animada, enquanto todos os outros e eu seguíamos atrás dele.
Era o início do nosso dia, e nós tínhamos verificado atrás de todas as portas da base, exceto a que Powers nos levava. Aparentemente, durante a busca do Esquadrão Bravo eles encontraram uma estrutura de um andar do tamanho de uma pequena casa, porém não foi construída como qualquer outro escritório ou residência. Eles disseram que seria mais fácil mostrar do que contar, e quando viramos em uma esquina e chegamos lá, pude ver o porquê. Aproximei-me e, quando eu cheguei, bati os nós dos dedos contra a lateral. A coisa toda parecia ser feita de concreto armado e, ao dar uma volta ao redor do prédio, pude visualizar que a única entrada era uma pesada porta de aço na frente. A única coisa que segurava a porta era um ferrolho embutido, preso no lugar por um cadeado grosso.
— Genevieve — eu escutei Blake chamar da lateral da estrutura.
Eu cambaleei até ele por conta da dor no meu quadril, para descobrir que ele estava a apontar para cima em direção a umas letras pretas pintadas com estêncil perto do topo. 'Arsenal da Brigada'. As palavras fizeram com que um sorriso lento se espalhasse pelo meu rosto, e escutei algumas risadas empolgadas dos soldados que se aproximaram de forma curiosa. Echo não tinha me seguido, e quando voltei para a porta ela estava a estudar o cadeado.
— E então, o que está acontecendo? — Eu perguntei, imaginando o que ela estava a pensar.
A fechadura caiu de sua mão e ela balançou a própria cabeça com desgosto. — Não consigo abrir.
— O quê? — Eu teria pensado que ela poderia abrir qualquer coisa. — Por quê?
— Eu já vi essas fechaduras antes — ela respondeu, ao bater nela com ressentimento. — Elas são de primeira linha. Não podem ser arrombadas.
Suspirei, em uma tentativa de pensar em uma solução melhor. — Dê um passo para trás. — Echo fez o que eu instruí e, quando verifiquei se todos os outros estavam a uma distância segura, levantei meu rifle e disparei uma vez diretamente na fechadura. O projétil fez um barulho metálico e ricocheteou na terra do outro lado do prédio. — Também não pode ser baleada.
— Eu poderia ter contado isso a você — respondeu Echo com uma risada.
— E essas chaves? — Powers sugeriu.
Soltei outro suspiro, coloquei minha mochila no chão e depois me ajoelhei nela com certa dificuldade. Encontramos três anéis cheios de chaves em um dos escritórios principais. Havia mais de cinquenta chaves entre os três, e mais da metade parecia pequenas chaves de cadeado. Elas foram devidamente etiquetadas, mas com letras e números em vez de palavras completas. Eu esperava que nós não precisássemos testar nenhuma delas, e eu definitivamente não queria ser a única a fazê-lo.
— Aqui, descubra qual é — eu disse, entregando-as a Powers. — Todos os outros, quero que nos separemos para fazer uma varredura final da base apenas para garantir que não tenhamos perdido nenhum Feral. Procurem suprimentos, mas deixem qualquer coisa médica no complexo hospitalar. Também iniciaremos turnos de rádio de doze horas. Hatfield e Carlson, é a vez de vocês. Certifiquem-se de que o acampamento saiba que vocês estão online. — Pedi para que todos se mexessem e, enquanto eles se dispersavam, voltei-me para Powers. Sabedora do quão rigoroso o Capitão era sobre o arsenal no acampamento, eu orientei: — Não tire nada de lá se você conseguir abri-lo. Apenas mantenha o controle da chave e eu retornarei para fazer um inventário.
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Caronte Atraca À Luz Do Dia
Ficção GeralHISTÓRIA PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS! Sinopse Seis anos se passaram desde que uma infecção transformou a maioria da população em criaturas ferozes e semelhantes a zumbis que caçam durante o dia, forçando os vivos a um estado noturno de existênc...