Capítulo 25 – Luta para sobreviver – 1ª parte
The Warpath de Connor Youngblood
Luta para sobreviver
Genevieve
— Genevieve. — A voz de Echo soou como um sussurro no escuro, porém, quando comecei a acordar do sono ficou mais alta. — Genevieve — ela repetiu novamente.
— O quê? — Perguntei de maneira impaciente, virando a cabeça para olhá-la em sua cama, mesmo que estivesse muito escuro para eu realmente vê-la. O que ela poderia querer no meio da noite?
— Eu ouvi um grito — disse ela, baixinho.
Eu estava prestes a dizer a ela que estava apenas sonhando e que voltasse a dormir, no entanto, agora que estava totalmente consciente, eu podia ouvir que o acampamento parecia mais barulhento do que deveria para o quão tarde era.
Minha mente de imediato chegou a uma conclusão sobre o que estava a acontecer, e eu me sentei. — Oh meu Deus. — Em seguida, veio outro grito de gelar o sangue. — Oh meu Deus — repeti, dessa vez me movendo para a ação. Eu joguei meus pés sobre a lateral da cama e calcei minhas botas, dizendo a Echo apressadamente: — Ferais. Vista-se.
Echo se levantou agilmente de sua cama, e enquanto nós duas calçávamos nossas botas o mais rápido possível, escutei os primeiros estampidos de disparos. Saímos da barraca com as armas na mão, nem nos demos ao trabalho de vestir nossos casacos e corremos pela neve em direção à comoção.
Vinha de uma extremidade do acampamento perto das cabanas, entretanto, nem todo mundo que dormia ali possuía uma cabana. Alguns deles estavam em tendas ou sob abrigos enxutos. Eles tinham sido expostos.
O caos estava cada vez mais próximo. Gritos apavorados. Disparos de arma de fogo. Os gritos dos homens. Os rosnados dos Ferais. Apenas alguns soldados já haviam respondido, no entanto eu podia ouvir gritos adicionais vindo perto de nós e ao nosso redor, outros homens estavam a caminho.
Deveria estar muito escuro para ver qualquer coisa, exceto quando nós chegamos lá, pudemos enxergar que uma das cabines havia pegado fogo. No pânico, alguém devia ter derrubado uma vela ou um lampião e a fumaça se espalhou pelo ar.
Havia diversos Ferais. Moviam-se rápido demais para que os civis com armas tenham atirado em qualquer um deles ainda. Eles rugiam de fúria, rasgavam com fome qualquer um em que colocassem os olhos.
Quando nós chegamos, observei dois deles investirem contra uma mulher, rasgá-la e, em seguida, correrem atrás de outra pessoa que passava a correr, antes mesmo que a primeira parasse de respirar. Eles derrubaram o segundo homem e, quando ele não foi capaz de se levantar, passaram para a próxima pessoa.
Era como se houvesse um método na violência empregada por eles. Matem o máximo que puderem, voltem mais tarde para comer. Entretanto, isso não podia estar a acontecer... Não aqui. Fazia semanas desde a última vez que tínhamos visto Ferais, e estávamos vendo apenas alguns de cada vez. Agora havia muitos e eles se movimentavam demais entre os civis em pânico para que eu pudesse fazer uma contagem precisa.
Echo e eu nos separamos para começar a matar todos os Ferais que pudéssemos. Apontei meu rifle e atirei em um que estava prestes a morder uma criança e, em seguida, bati com a coronha da minha arma contra outro que me atacava. Eu o eliminei com um tiro e percebi a escalada do tiroteio à medida que mais soldados chegavam ao local. Então, algo me atingiu por trás com tanta força que meu rifle voou de minhas mãos. Caí no chão e só consegui pensar que ainda estava viva, porque o Feral que me atingiu o fez com tanta força, que também caiu. Ele nem sequer se levantou do chão antes de vir em minha direção uma vez mais.
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Caronte Atraca À Luz Do Dia
Ficción GeneralHISTÓRIA PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS! Sinopse Seis anos se passaram desde que uma infecção transformou a maioria da população em criaturas ferozes e semelhantes a zumbis que caçam durante o dia, forçando os vivos a um estado noturno de existênc...