Capítulo 32 – Causando-me vergonha – 1ª parte
Waiting Game de Banks
Causando-me vergonha
Genevieve
— Pare aqui — eu disse a Echo do banco do passageiro, já que tínhamos acabado de parar em frente a uma enorme loja de ferragens.
Estávamos em uma área que era mais um subúrbio do que uma cidade, mas ainda assim seria muito barulhento para dirigir os três veículos. No entanto, nós estávamos a retirar muitos equipamentos para que as viagens de ida e volta entre a loja e o caminhão fossem eficientes. Em vez disso, todos os soldados e Harvey estavam no compartimento de carga e, depois de pegar tudo o que precisássemos, nós os levaríamos de volta para os Strykers.
Echo puxou o caminhão para a zona de carregamento fora da loja e desligou o motor. — Deus — reclamou ela, ao puxar com força o colete à prova de balas que usava. Ela havia se queixado disso o dia todo. Sua queimadura estava curada o suficiente para que o peso do colete não doesse, mas aparentemente coçava, e o colete estava rígido demais para que ela pudesse coçar.
— Tire qualquer coisa desse equipamento e eu finalmente vou colocar você em coma — eu ameacei. Achava os trajes antimotim tão desconfortáveis como ela, mas era necessário utilizá-lo. Pelo menos até que a base estivesse livre. Quando ela me fez uma careta de desgosto, eu adicionei: — É para o seu próprio bem. — Quer ela quisesse acreditar ou não, eu não gostaria que ela fosse mordida. Antes que ela pudesse protestar, abri a porta pesada e pulei para fora da cabine. Quando cheguei ao final da área de carga coberta, alguns dos meus soldados tinham suas lâminas enterradas em alguns Ferais.
Isso me deixou em alerta instantâneo, e minha mão correu para a faca presa à minha coxa enquanto meus olhos examinavam a área em busca de mais alguma ameaça.
— Eles ouviram o caminhão — explicou Blake, pulando da caçamba com uma risada. — Perseguiram-nos provavelmente uns cinquenta metros.
— Alguém se machucou? — Perguntei em um alto sussurro, e os soldados à minha vista balançavam a cabeça.
Hunt usou sua bota para chutar o Feral que ele havia esfaqueado com sua lâmina, e enquanto olhava para mim, ele deu um tapinha no peito de seu colete indicativamente. — Esses trajes foram uma boa ideia, senhora. O idiota deu alguns bons golpes com aquelas unhas desagradáveis.
— Que bom — eu ri com gratidão. Então olhei para todos os outros que tinham saído da plataforma de carga e que se reuniam. — Vocês todos se lembram dos seus trabalhos? Bravo, cadeados de bicicleta codificadas e tinta spray. Alpha, nós conseguiremos materiais de cerca. Jarvis e Barns, vocês estão de guarda aqui fora. Datsyuk e Morgan, fiquem bem dentro da entrada com Harvey até que eu retorne para buscar vocês. Quanto ao resto de nós, vamos esvaziar esse lugar de maneira rápida e silenciosa.
Virando-me para liderar o caminho para dentro da loja com Echo ao meu lado, retirei minha lanterna do bolso e a coloquei na lente azul, depois segurei minha faca na outra mão. Mais luzes azuis se acenderam atrás de mim, iluminavam minhas costas e lançavam sombras fantasmagóricas no exterior do edifício. Normalmente, eu teria levado Alpha para a esquerda do armazém enquanto enviava Bravo para a direita, dessa forma nós poderíamos liberar o prédio mais rapidamente. Entretanto, depois do ataque maciço ao acampamento e de nossas teorias de que os Ferais começavam a se agrupar mais do que o normal, não havia como nos dividir quando nós não tínhamos ideia do que esperar.
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Caronte Atraca À Luz Do Dia
General FictionHISTÓRIA PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS! Sinopse Seis anos se passaram desde que uma infecção transformou a maioria da população em criaturas ferozes e semelhantes a zumbis que caçam durante o dia, forçando os vivos a um estado noturno de existênc...