25. Capítulo 7 - De Todos os Estranhos - 3ª parte

26 6 59
                                    


Capítulo 7 – De Todos os Estranhos – 3ª parte


Genevieve


Felizmente chegamos à tenda de reuniões antes que ela pudesse encontrar qualquer outra coisa para dizer, e quando entramos o Capitão acenou para ela. — Echo, sente-se.

Ele olhou de relance para mim enquanto ela se dirigia para a mesa improvisada, mas não me encarou por muito tempo porque podia dizer que eu ainda estava chateada com ele. Permaneci perto da entrada, cruzando os braços sobre o peito para esperar até que eu pudesse sair novamente, e esse momento não poderia chegar tão cedo.

— Eu quero conversar com você sobre você ficar aqui — ele disse a Echo assim que ela se sentou, e ele se dirigiu à sua própria cadeira. Ela acenou com a cabeça para que ele soubesse que estava a ouvir. — Isso é experimental e será assim por um tempo, até eu decidir se podemos ou não confiar em você. Você vai começar a partir de uma superfície consistente de desconfiança, então eu não sairia por aí fazendo buracos na sua base.

— Tudo bem — ela falou de forma agradável, e depois continuou em silêncio para ouvir o que mais ele tinha a dizer.

— Você deve permanecer com Genevieve o tempo inteiro. — Eu contive um suspiro insatisfeito ao escutar aquilo. — A menos que ela coloque outra pessoa no comando de sua supervisão, o que não será frequente.

Naquela última parte ele olhou para mim, como se quisesse me deixar saber que aquela era a minha regra e não a de Echo.

— A gente comanda as coisas como os militares por aqui. Genevieve não é apenas quem vai te vigiar. Ela é sua oficial superior, o que significa que você vai receber ordens e atender aos seus pedidos com respeito e com motivação, assim como qualquer outro soldado aqui. E até que você esteja fora da liberdade condicional, todos os outros soldados aqui serão seus superiores em vez de seus pares. Entendeu?

— Entendido — repetiu Echo, ao espiar por cima do ombro para mim com o que parecia ser remorso em seus olhos, antes de se voltar para o Capitão.

— Deixe-me colocar de forma perfeitamente clara aonde vamos com isso — disse o comandante, ao se levantar e cruzar os braços sobre o peito, espelhando minha postura. — Nunca fomos lenientes com os invasores. Normalmente, temos uma política de disparar à vista deles. Como invasora, não posso ignorar seu histórico e, no que me diz respeito, você não será solta no mundo novamente. Francamente, suas opções são adaptação ou morte. Haverá tolerância zero se seus superiores me trouxerem notícias insatisfatórias.

Echo ficou quieta por alguns segundos, absorvendo a informação antes de acenar com a cabeça novamente. — Não vou decepcioná-lo.

— Ótimo — disse o capitão, apaziguado, embora eu não estivesse tão segura. — Vou deixar Genevieve explicar o resto enquanto ela mostra o acampamento.

Echo se levantou, porém eu já estava a meio caminho da porta, e ouvi seus passos se apressarem para me alcançar. — Você sabe onde está o DFAC — eu disse a ela categoricamente, apontando na direção da comida.

— Deefack? — Ela repetiu foneticamente, confusão clara em sua voz.

— O refeitório, onde eu quase surrei você inteira — eu respondi, afastando-me da direção geral do acampamento e indo em direção ao rio, sem se importar se ela estava a me acompanhar ou entender minha resposta à sua pergunta.

Eu a ouvi murmurar atrás de mim: — Você tem sorte de eu ter tido uma concussão — e me virei para lançar um olhar tão feroz para ela, que visivelmente fechou a boca.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora