22. Capítulo 6 - Zumbis Comeram Meus Vizinhos - 3ª parte.

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Capítulo 6 – Zumbis comeram meus vizinhos – 3ª parte


Dugan


A mão dele me acertou no rosto, e eu fechei meus olhos bem a tempo de seus dedos longos e desengonçados machucá-lo em vez de removê-lo. O súbito pavor do ataque me assustou, e eu caí para trás quando o Feral subiu as escadas. Eu trouxe a lança para cima, pronto para lançar minha arma através de seu peito no momento em que ele chegou ao sótão, mas assim que sua cabeça emergiu, Kara o golpeou com a ponta da coronha do meu rifle.

Eu estremeci quando ele caiu de volta pelas escadas do sótão com alguns baques altos, e então novamente quando ele bateu no chão e rugiu furiosamente... Eu sabia que ia acordar os outros. Lá se foi meu desejo de eliminá-los um a um. Eu me arrastei para a frente a tempo de ver o mesmo Feral a disparar agilmente de volta pelas escadas, e dessa vez consegui fazer com que a ponta pontiaguda da minha arma o acertasse direto pelo esterno.

Puxei a lança de novo quando o Feral caiu de volta ao chão da casa, mas outro já estava subindo. Imediatamente mandei minha lança para frente de novo, pegando esse Feral na cara. Eu mal tinha matado a coisa quando um braço magro se ergueu por trás e agarrou com força a manga da minha camisa.

O Feral que eu tinha acabado de esfaquear no rosto tornou-se um peso morto em cima daquele que acabara de me agarrar, e quando ambos começaram a cair para trás, eu me senti ser puxado pela abertura do sótão. Naquele momento entrei em pânico, soltando minha mão e nossa única arma silenciosa para agarrar a borda da abertura com a mão livre e evitar que eu caísse. Assim que o Feral em que a lança estava presa começou a ficar fora de alcance, Kara jogou o rifle para trás dela e avançou, pegando a ponta dela em ambas as mãos.

Eu não consegui ver se ela conseguia segurar isso, porque a criatura em mim estava puxando com mais força, tentando subir no meu braço para chegar em mim mais ferozmente.

Eu contorcia meu membro freneticamente em uma tentativa de me soltar de seu aperto, mas suas unhas estavam praticamente embutidas em minha pele. Outro Feral tentava contornar o que estava no meu braço agora, lutando para passar por ele e subir o conjunto íngreme e estreito de escadas.

A lança de metal mergulhou por cima da minha cabeça e no feral que subia as escadas, e ao cair do meu braço alargou suas mandíbulas.

— Kara! — Gritei histericamente, sabendo que ele estava prestes a tirar um pedaço da minha carne, mas não conseguindo soltar meu outro braço e me defender porque eu iria cair.

Ela atirou a arma para o lado da cabeça da criatura bem quando seus dentes entraram em contato com minha pele, e eu freneticamente sacudi a coisa no momento em que senti que a criatura, que estava apertando meu braço antes, soltou-se. Não tive tempo de sentir alívio por ter sido salvo de uma mordida, porque mais dois Ferais já estavam subindo as escadas. Eu me levantei o mais rápido que pude, ajustando minha postura para não ser pego em outra posição.

— Lança — eu pedi apressadamente enquanto chutava o pé no primeiro Feral que enfiou a cabeça no sótão. Quando o próximo chegou à abertura, Kara me jogou a arma e eu a enterrei na criatura. Inicialmente, eu havia subestimado o local em que nós estávamos, mas o sótão era o lugar perfeito para lançar um ataque.

Eu despachei os dois Ferais restantes da mesma forma que havíamos nos livrado dos outros cinco, e apesar da surpresa e de quase acabar por ser mordido, parecia fácil demais.

Quando o último caiu na pilha de corpos sob o sótão, joguei a lança de lado e caí no chão, deitado de costas e ofegante para recuperar o fôlego. Eu mal tinha me deitado quando Kara pegou a lanterna e se ajoelhou ao meu lado. Em sua preocupação, ela agarrou meu braço grosseiramente e o puxou em sua direção, e então ela iluminou com o feixe brilhante para cima e para baixo no comprimento dele, à procura de uma ferida de mordida.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora