Capítulo 13 – Ar Estático – 2ª parte
Genevieve
— O que isso significa? — Perguntei a Echo, ao apontar um dedo para o alto e fazer um círculo deliberado com a mão.
Ela tinha levantado os olhos de seu café da manhã para me observar, e agora ela estava a apertar um olho para mim pensativamente. — Isso é, ah... um ponto de encontro.
Acenei satisfatoriamente com a cabeça para a resposta dela, mesmo sabedora de que ela se lembraria do que isso significava. Desde a missão especial, eu vinha me certificando de que ela aprendesse todos os sinais manuais e luminosos que nós usávamos em missão.
Era onde a nerd que eu conhecia se destacava demais, porque ela tinha uma memória impecável e conseguiu aprender todos eles em questão de dias. Já fazia pouco mais de uma semana, mas eu ainda questionava aleatoriamente de vez em quando, só para ter certeza de que a informação estava a ser absorvida.
— Bom dia, senhoritas — a voz de Blake veio de trás de mim e, por algum motivo, Echo levantou uma sobrancelha surpresa para ele. Curiosa, virei-me antes que ele tivesse a chance de se sentar. Casey estava com ele, e enquanto ele tinha seu prato de comida em uma mão, parecia que ele tinha acabado de soltar Casey com sua outra. — Há espaço para nós?
— Sintam-se à vontade — eu consenti, pedindo que Echo viesse e se sentasse ao meu lado. Eu pretendia que Blake e Casey se sentassem em frente a mim, assim eu poderia ver se havia algo acontecendo... e possivelmente tirar sarro de Blake por conta disso.
— Oi, Genevieve — disse Casey com um sorriso tímido enquanto ela e Blake se moviam para se sentar em frente a mim. Em seguida, ela sorriu para a invasora: — Echo.
Eu dei um sorriso presunçoso para Blake enquanto ele se sentava, apenas para que ele me xingasse porque sabia que eu iria provocá-lo. Parecia que ele estava prestes a dar um aviso também, mas então Echo se acomodou ao meu lado.
Era o que eu tinha dito para ela fazer, entretanto eu não conseguia evitar que meus olhos vagassem para ela quando o fez, porque ela havia se sentado tão perto que o calor de seu corpo me fez perceber o quão fria era a brisa da manhã. Havia pelo menos três metros de banco vazio que poderia nos separar, então quando ela percebeu que eu estava a olhar para ela sem jeito ela deu um sorriso apologético e se afastou.
— O que vocês estão aprontando, hein, crianças malucas? — Perguntei brincalhona, voltando o olhar para Blake e para Casey. Então, quando o frio voltou para onde o calor agora estava a faltar, eu tremi.
— Nada. — Blake respondeu de forma muito indiferente, e eu não pude deixar de sorrir. Talvez eu não devesse tentar provocá-lo, mas ele tinha sido tão inflexível sobre não querer uma namorada, que eu não podia deixar a oportunidade passar.
— Você tem planos para hoje? — Eu indaguei, olhando para Casey porque sabia que receberia mais uma resposta dela. Embora meu tom e sorriso fossem divertidos, achei fofo que ela estivesse se inclinando para Blake tão contente que ela estava praticamente sentada em seu colo. Ele merecia ser feliz, mesmo que eu fosse incomodá-lo sobre isso.
— Estou cobrindo o turno para April enquanto ela está naquele lugar na floresta — respondeu Casey, com os olhos verdes brilhando com um sorriso alegre. — Então, Blake queria me ajudar na cabine médica hoje.
— Ah... Ele quer? — Perguntei em tom de brincadeira, dando a Blake um sorriso maldosamente radiante.
Ele olhou para mim por trás de sua xícara de água e, ao dar uma olhada de forma deliberada dentro dela, falou esperançosamente: — Estou sem água.
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Caronte Atraca À Luz Do Dia
Ficción GeneralHISTÓRIA PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS! Sinopse Seis anos se passaram desde que uma infecção transformou a maioria da população em criaturas ferozes e semelhantes a zumbis que caçam durante o dia, forçando os vivos a um estado noturno de existênc...