27. Capítulo 8 - Roubo Feminino - 1ª parte.

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Capítulo 8 – Roubo Feminino – 1ª parte


Female Robbery de The Neighbourhood


Roubo Feminino


Flashback on – seis anos antes


Echo


Há algumas horas que eu estava a perambular no escuro por uma rua importante, de vez em quando passava por um prédio vazio para procurar por comida. Eu estava morrendo de fome. Passava fome há uma semana, desde o início do surto. Biters estavam por toda parte, e tudo o que eu tinha para me proteger era um martelo que eu havia tirado de casa. Eu deveria ter pegado um pouco de comida também, talvez alguns suprimentos, mas tudo que eu conseguia pensar era em ir embora. Não consegui ficar lá nem mais um segundo depois do que aconteceu. Agora eu estava agachada atrás de um veículo a me esconder de um grande grupo de pessoas que se encontrava a algumas ruas de distância, e que seguia em minha direção.

Quando saí de casa pela primeira vez, eu estava à procura de alguém, qualquer um que me levasse consigo. No entanto, do escuro dos meus esconderijos na última semana, eu tinha aprendido a evitar as pessoas. A maior parte delas ainda estava em pânico, com medo e com visível desconfiança mesmo de mim, embora eu ainda fosse jovem, e se eu chegasse perto o bastante elas atiravam ou atacavam com qualquer arma que tivessem. Outros atacariam sem motivo, apenas para ver que tipo de suprimentos você tinha. De qualquer forma, meu martelo se mostrou insuficiente para me defender. Eu tinha sido invisível a vida toda, permanecer assim não deveria ser muito difícil. Teria sido mais seguro se eu tivesse entrado no carro para me esconder em vez de me agachar ao lado dele como estava agora.

Eu teria ficado menos visível, no entanto tinha muito medo de disparar um alarme, e o grupo estava se aproximando o suficiente para que eles me ouvissem se eu me movesse. Levantando-me apenas o suficiente para ver através das janelas eu contei doze e, mesmo que estivesse muito escuro para eu ter certeza, todos pareciam bastante jovens.

Alguns deles estavam muito atrás dos outros, mas eu sabia que eles estavam todos juntos pela maneira como um no grupo da frente se voltava para sussurrar algo em voz alta para alguém lá na parte de trás.

Eles estavam fazendo mais barulho do que o necessário, e o fato de não terem medo dos Biters me deixou apavorada com eles. As pessoas sãs tinham medo. O grupo atravessou para o lado da rua em que eu estava, a apenas um par de prédios de distância, e a mudança fez com que meu coração acelerasse com medo.

Eu estava prestes a atravessar a calçada e entrar no beco escuro que sabia que existia, esperando que eu fizesse isso rápido o suficiente para que nenhum deles me visualizasse, no entanto, antes que eu pudesse fazê-lo ouvi um assobio rápido e agudo por trás de mim.

O barulho me fez girar, prendendo minhas costas na lateral do carro, e eu devo ter parecido em pânico, porque um dos dois homens que eu estava a encarar soltou uma risada.

— O que você está fazendo? — Aquele que deu a risada questionou casualmente. Ele era pequeno, magro, mas bem musculoso, com cabelos pretos curtos e olhos escuros.

— O que... Eu... O que estou fazendo? — Fiquei tão apavorada que gaguejei, repetindo sua pergunta porque mal conseguia pensar o suficiente em meu susto para chegar a uma resposta. Os homens devem ter estado com o grupo, porque ao ouvirem assobio alguns deles se apressaram e se reuniram em torno de mim.

— Olha — disse o outro cara que me encontrou, apontando o dedo para mim. Seus cabelos castanhos estavam cortados, e não só ele era muito mais alto que o outro, mas também era maior. — Ela está tremendo.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora