Capítulo 14 – Eu Não Quero Jogar – 4ª parte
Echo
Genevieve riu e pegou uma garrafa de água de sua mochila para enxaguar o local: — Agite — ela instruiu, e depois que eu sacudi a água, ela puxou minha mão para mais perto, ao usar a manga de seu suéter para esfregar o restante do líquido. Quando estava seco, ela tirou a faca da coxa. Eu imediatamente me afastei, pensando que ela poderia me cortar, e depois de gargalhar de tanto rir ela usou para dividir o caule da planta que ela havia colhido. Em seguida, ela colocou a faca de volta e me pediu minha mão. — Você provavelmente vai ficar bem — ela me garantiu, esfregando delicadamente o interior do caule sobre o lugar que eu havia mostrado a ela. — Só não toque em mais nada sem me perguntar antes, certo?
— Obrigada — eu assenti, embora não pudesse deixar de encará-la enquanto ela soltava minha mão. Gostava quando ela me tocava sem me dar um soco. Ela podia ser tão gentil quando quisesse, e parecia tão natural.
Ela notou que eu estava a olhar para ela, e desconfortavelmente apontou para a planta para me distrair.
— Hera venenosa, lembre-se de como é. — Em seguida, ela ergueu a folha que havia colhido e voltou para onde a havia recolhido. — Erva-joia, esfregue logo em seguida e evita uma erupção cutânea.
Entendi — eu disse a ela, e peguei a sacola que eu tinha deixado cair no meu susto. — O que vem a seguir?
Ela começou a ir de volta na direção que estávamos indo antes de encontrar as framboesas. — Vamos continuar a procurar coisas. — Eu não disse nada por um tempo depois disso.
Provavelmente estava tudo na minha cabeça, entretanto minha mão estava coçando e eu ainda estava meio com medo de ter uma erupção cutânea.
Isso me manteve distraída o suficiente para que eu me esquecesse de Genevieve até que ela falou comigo novamente.
— Sobre o que você e Blake estavam conversando? — Levantei uma sobrancelha curiosa para ela, perguntando por que ela me indagou. — Quando cheguei lá, vocês dois me olharam como se eu estivesse interrompendo algo suspeito.
— Apenas coisas aleatórias. — Ela interrompeu algo suspeito, com certeza, e sorte a minha também. A última coisa de que eu precisava era Blake saber o quanto eu me importava. — Eu posso ver por que ele é seu melhor amigo. Ele é um grande cara. — Enquanto respondia, meus olhos vagavam para a mochila de Genevieve. Eu tinha esquecido a minha na barraca, então a única coisa que eu estava carregando era o pequeno saco de plantas. Ela estava com a mochila e o rifle sobre os ombros, e notei que o rifle esbarrava em seu quadril a cada passo que dava. Para continuar minha rotina de perdão, adicionei como uma breve nota lateral: — Sua mochila está pesada? Você quer que eu a carregue?
— Certo, o que você está fazendo? — Ela perguntou de forma cética, rapidamente virando os calcanhares para me encarar.
— O que estou fazendo? — Eu questionei, mesmo sabendo o que ela queria dizer. Eu tinha levado a rotina longe demais, tornado isso óbvio demais, e agora isso a tinha feito estranhar.
— Você continua tentando me ajudar com as coisas e falando sobre Blake como se ele fosse um anjo. — Ela estava gritando comigo. Perfeito. — Você está sendo estranhamente simpática. Pare com isso.
— Eu não posso ser simpática? — Eu zombava de diversão.
— Não — ela disse seriamente, e então aquela palavra que eu odeio escorregou de sua língua. — Você é uma assassina. Você não é legal.
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Caronte Atraca À Luz Do Dia
Ficção GeralHISTÓRIA PARA PESSOAS COM 18 ANOS OU MAIS! Sinopse Seis anos se passaram desde que uma infecção transformou a maioria da população em criaturas ferozes e semelhantes a zumbis que caçam durante o dia, forçando os vivos a um estado noturno de existênc...