8. Capítulo 2 - Preto - 4ª parte

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Capítulo 2 – Preto – 4ª parte


Echo


Ele se levantou, virando a mesa em cima de Martin, que estava inocentemente assistindo ao jogo de seu assento. Em seguida, ele atingiu Halsten, pegando-o com um murro na mandíbula e mandando-o direto para o chão. Por sorte, ele não parou para me atacar.

Ele pulou em cima de Halsten e os dois começaram a brigar, rolando pelo chão em uma bola de punhos balançando em fúria. Fiquei por perto, esperando com paciência o momento perfeito para intervir e socorrer Halsten. Chegou o momento quando Decker o tinha encurralado, e eu me joguei nas costas de Decker envolvendo minhas pernas em torno de sua cintura e meus braços apertados em torno de seu pescoço, sufocando-o. Ele tentou jogar o punho para trás, esperando que me atingisse, mas eu me esquivei e ele errou. Ele tentou me agarrar, no entanto não estava em condições de segurar o suficiente.

Eventualmente, caímos para trás de Halsten, e mesmo que eu tentasse não deixar transparecer, era difícil respirar sob o enorme peso maciço dos músculos gigantescos de Decker. Soltei um pouco meu aperto no pescoço dele para que ele não desmaiasse, mas toda vez que ele tentava sair eu apertava de novo. Eu não estava deixando ele ir até que ele se acalmasse, não importa o quão esmagada eu me sentisse.

Antes que isso pudesse acontecer, Blaze estourou a porta, seguido de perto por Leon. — Ei, pessoal, adivinhem! — Gritou animado, mas não esperou por uma resposta. — Avistamos uma pequena fogueira. Tem gente por aí. Vamos buscar alguns mantimentos!

Perdi o controle de Decker enquanto meu coração falhava uma batida. Pai e filha, eles não tinham saído, e agora eles iam ver exatamente o que eu estive a alertar. Deitei-me no chão depois que Decker se afastou e se levantou.

Então continuei deitada enquanto todos aplaudiam, pegando as armas prontas que Farah estava a limpar e saindo para a escada. Eu não queria sair por aí só para ver o homem e a menina mortos. — Porra! Falei para eles saírem. Disse-lhes que estavam em perigo. — Mesmo que eu não quisesse, eu fiquei muito atrás dos outros.

Talvez eu pudesse encontrá-los primeiro e protegê-los enquanto eles fugissem. Desci correndo, no entanto, quando cheguei ao beco onde sabia que os viajantes estavam, havia uma comoção tranquila com apenas dois do meu grupo permanecendo, e eles estavam voltando em minha direção.

— O que aconteceu? — Eu sussurrei ao ver Farah levar um Martin ferido em minha direção.

— O bastardo tinha uma machadinha — disse Martin, segurando o braço e estremecendo enquanto o sangue escorria pelos seus dedos. — Conseguiu me atingir antes dele e de uma garota escapar.

— Para que lado? — Eu questionei, e eles apontaram antes de passar por mim.

Fui na direção exata em que eles disseram, na esperança de pegar os viajantes se escondendo sem que meu grupo estivesse no encalço deles. Corri até a rua o mais rápido que pude, dizendo a mim mesma para ficar calma e calada, porque ainda havia Biters do lado de fora. Eu sabia que estava no caminho certo quando vi Decker vindo em minha direção sozinho, com uma mochila familiar em suas mãos. A visão daquela mochila me deu vontade de vomitar.

— Eles quase não tinham nada. Mas um pouco de mel! — Decker sorriu, mostrando-me aquela garrafa preciosa. Em seguida, ele tirou uma lata da mochila. A lata que eu tinha dado a eles. — Ei, isso é igual ao que você trouxe. — Ele disse baixinho, como se estivesse apenas resmungando para si mesmo, mas depois de um momento ele olhou para mim, visivelmente desconfiado.

Mudei de assunto antes que ele tivesse muito tempo para pensar sobre isso. — Será que eles conseguiram?

Ele balançou a cabeça em negação e acenou com a cabeça na direção em que tinha vindo. — Largaram a sacola e correram. — Em seguida, ele continuou de volta em direção ao complexo com a mochila.

Caronte Atraca À Luz Do DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora